Frigorífico aproveita tudo do boi O ditado “do boi só não se aproveita o berro” ganhou força a partir de um estudo da Scot Consultoria sobre a remuneração que o boi gordo proporciona aos frigoríficos que comercializam carne com osso ou sem osso no mercado interno e mostra a importância de aproveitar tudo o que o animal pode oferecer.
“O boi é uma verdadeira fábrica de matéria-prima”, afirma o zootecnista e consultor da empresa, Leonardo Alencar. A pesquisa considerou toda a composição do animal: carne, couro, sebo, miúdos e outros subprodutos bovinos.
“A partir do boi ‘desmontado’, verificamos em alguns frigoríficos os preços de referência de cada uma dessas partes”, explica. De acordo com o zootecnista, está enganado o pecuarista que acredita que a composição do preço da arroba é apenas fornecida por carne, couro e sebo.
Ele diz que o frigorífico aproveita 100% do animal e ainda consegue, com isso, uma boa margem de lucro. “São vendidos crina, cascos, chifres e vísceras”, diz. “Os itens que não alcançam preços interessantes no mercado, como ossos, sangue e órgãos que não são aproveitados, viram farinha para alimentar suínos, frangos e peixes.”
Com base na remuneração total, que é quanto o frigorífico recebe pelo boi gordo inteiro, e na remuneração de alguns índices, separadamente, a Scot criou dois índices: o equivalente-carcaça – cuja referência é o preço da carne (dianteiro, traseiro e ponta de agulha), couro e sebo, mais o valor de venda dos órgãos internos e subprodutos bovinos – e o equivalente-desossa, que é igual ao anterior, mas considera a carne sem osso, ou seja, os cortes vendidos no varejo.
Segundo Alencar, os índices já conhecidos do mercado, o equivalente-físico – que se refere ao preço da carne com osso – e o equivalente-Scot, que considera os preços da carne, do couro e do sebo, indicam quase sempre que os frigoríficos não têm margem de remuneração satisfatória.
Já os índices equivalente-carcaça e equivalente-desossa, mostram, ao contrário, que os frigoríficos têm um lucro interessante. Conforme explica, no equivalente-carcaça, a margem de lucro fica, em média, 10% acima do preço de compra do boi gordo, e no equivalente-desossa, ultrapassa 20%.
Ele explica que a margem é a comparação dos preços entre o que o frigorífico vende (equivalentes) e o quanto ele paga pelo boi gordo, que representa 70% de seu custo de produção. (O Estado de S. Paulo). 19 nov de 2008
Do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Onde está a imprensa Mossororense para repercutir essa matéria do Estadão????
Por falar em ABATEDOURO, qual a diferença entre ser a diretora do Abatedouro Frigorifico Industrial de Mossoró – AFIM ou ser Gerente de Saude da Prefeitura de Mossoró? QUEM MATA MAIS E MAIS RÁPIDO? Com a a palavra Jaqueline Amaral.