• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sábado - 20/12/2008 - 10:31h

Abatedouro, equipamento viável e necessário – I

Um abatedouro "legal", com uma política agressiva de comercialização de seus produtos, tem a rentabilidade e viabilidade econômica garantidas, além de evitar sérios problemas à saúde do consumidor causado pela carne contaminada dos abatedouros clandestinos.

Muito se tem discutido a respeito da qualidade da carne vermelha consumida no Brasil. Volta e meia são produzidas matérias jornalísticas, com denúncia de aberrações assustadoras de doenças e da clandestinidade, mostrando o descontrole sanitário, escancarados na maioria dos matadouros privados ou mantidos pelas prefeituras municipais, com a evidente falta de regras de higiene.

Segundo o serviço de Inspeção Federal, em 1996, quase 50% da carne consumida no Brasil teve origem nos abatedouros clandestinos, onde não possuem qualquer tipo de fiscalização ou condições técnicas para o abate de animais, contrariando todas as regras de higiene, o que coloca a população em risco permanente de consumir carne contaminada, com sérias conseqüências para a saúde.

Os abatedouros clandestinos estão provocando sérios problemas na saúde do consumidor e na indústria da carne, que não tem como competir com os "frigomatos", responsáveis pela disseminação de inúmeras doenças que consomem grande parte dos recursos públicos. Só isso já justificaria medidas urgentes, drásticas e rigorosas contra tais empresas.

Estudos realizados por órgãos da saúde pública comprovaram que existem, atualmente, mais de 30 doenças transmissíveis via carne contaminada. Entre as principais zoonoses, encontram-se a tuberculose, cisticercose, brucelose, botulismo, aftosa e raiva.

A mais grave doença que pode ser transmitida pela carne bovina e suína é a cisticercose, uma fase intermediária da "solitária" que se instala no cérebro das pessoas provocando cegueira, surdez e outros distúrbios neurológicos. A doença pode ainda atacar a musculatura do coração, o fígado e os pulmões.

Mas, os prejuízos que os clandestinos trazem à comunidade não se resumem nisso. Os abatedouros clandestinos agridem o meio-ambiente, uma vez que os dejetos são atirados nos rios e córregos próximos à região em que estão instalados ou simplesmente deixados para apodrecer ao ar livre, sem qualquer tipo de tratamento.

Assim, trabalhando na clandestinidade, eles não recolhem qualquer tipo de imposto, nem contribuem com benefícios para a sociedade. Outra transgressão é a desumanidade com que os animais são abatidos.

Nos frigoríficos legalizados, o atordoamento do animal se dá entre 100 a 200 milésimos de segundo, ao passo que, nos clandestinos, o animal agoniza por longos minutos, uma vez que é impiedosamente abatido a golpes de facão, machado ou marreta. (O Estado de São Paulo).

Aguarde a segunda parte deste artigo.

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Categoria(s): Fred Mercury

Comentários

  1. CARLOS ANTONIO diz:

    CARLOS, O INTERE$$E PELO FECHAMENTO DO AFIM, $O PODE $ER DE QUEM DOOU R$ 240.000,00 E O OUTRO QUE DOOU R$ 140.000,00, POI$ COM O FECHAMENTO DO AFIM O MERCADO DA CARNE SERA FECHADO, POI$ NÃO TERA MAI$ ONDE ADQUIRIR CARNE PARA O CONSUMO HUMANO.

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