Em um esforço para salvar a coleção Mossoroense, representantes da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Mossoró(CDL) e Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindivarejo) reuniram-se na manhã de quinta-feira, às 09h, com a secretária municipal da cultura Isolda Dantas. A reunião aconteceu no gabinete da secretária.
Contou com a presença dos presidentes das entidades e também com o presidente e mantenedor da Fundação Vingt-um Rosado, Dix-sept Rosado.
150 mil livros
As entidades buscam firmar uma parceria público-privada para salvar, conservar e tornar acessível ao público a Coleção Mossoroense, um dos maiores acervos do mundo com mais de 150 mil livros e que possui valor histórico e cultural incalculáveis para o município e para o Brasil. Atualmente parte do acervo está acolhido no “Museu do Sertão” e o público não tem acesso aos títulos.
As entidades sugerem colocar o acervo na parte superior do Muse Municipal Lauro da Escóssia, um local amplo que comportaria o acervo completo. Os custos de manutenção e manuseio do acervo seriam divididos entre o município, a iniciativa privada e a própria fundação.
Além de abrigar o acervo completo o espaço do museu seria usado também como um memorial dedicado ao criador da coleção, Vingt-un Rosado e abrigaria itens pessoais do intelectual potiguar e máquinas antigas usadas na impressão dos livros. A secretária de cultura avalia, entretanto, que essa proposta traz consigo algumas dificuldades, a primeira delas é a questão da acessibilidade.
Espaço
“O prédio do museu é tombado pelo patrimônio histórico e não pode ser modificado, ao mesmo tempo a lei exige que todo prédio público tenha acessibilidade”, explica. Ainda segundo Isolda outro problema é a existência de um acervo próprio do museu. Ele seria acomodado no mesmo espaço que a coleção Mossoroense seria abrigada, é preciso avaliar o tamanho do acervo do museu para poder ter ideia se o espaço tem condições de abrigar ambas as coleções.
Ela sugeriu que o acervo fosse para a Bliblioteca Municipal Ney Pontes Duarte. Mas o espaço não comportaria a coleção.
Tudo o que foi discutido na reunião precisa ser chancelado pelo prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, para tanto a secretária Isolda comprometeu-se com a fundação e as entidades no sentido de pleitear as propostas junto ao chefe do executivo.
Tem tanto político Sandra,Larissa, Vingt, Lairinho, Rosalba, Fafa, Beto e Betinho quem deveriam ter feito (algo) pela referida coleção e nem eles se mobilizam pq danado esse povo todo fica pressionando a prefeitura? Façam cotinha e salvem o patrimônio da família! Fala sério
Aos que sabem o que é cultura, por favor ignorem o comentário supra citado. Ou melhor, perdoem essa pessoa que não sabe o que diz.
Eu sugiro que seja estudado espaços para que seja guardado
o acervo, também na Escola de Artes, onde funcionava o extinto Colégio Municipal, Joaquim da Silveira Borges.
Prova irrefutável de que a cultura sempre foi menosprezada reside no fato de que, até hoje, o Museu Histórico Lauro da Escóssia legalmente nunca foi criado nem reconhecido pelos prefeitos que passaram pelo executivo mossoroense, desde 1948 quando o então prefeito Dix-Sept Rosado criou a Biblioteca Municipal. Quando o prefeito Dix-Huit Rosado criou o Centro Histórico e Cultural Manoel Hemetério inseriu nele apenas a biblioteca municipal. O saudoso mecenas mossoroense Dr. Vingt-Un Rosado, após contato mantido comigo, orientei-o, como operador do Direito, por ocasião em que eu dirigia o Museu Histórico, para que alertasse a então prefeita Rosalba ROSADUS para enviar um Decreto à Câmara Municipal, criando o Museu Histórico Lauro da Escóssia. Fez ouvidos de mercador e ai está, até hoje, funcionando sem que legalmente exista, o que impossibilita cadastrá-lo no rol dos museus históricos brasileiros junto ao MEC.