As novas gerações – com escassas exceções – não sabem quem foi "Paulo Patarra". Não as condeno. Ele não era global, não espocava um plim-plim para aparecer.
Os futuros comunicadores sociais, esses se nunca ouviram falar "de" ou "sobre" Patarra, precisam estudar um pouco mais. Como ele mesmo cunhou: "Jornalista tem que saber ler." Pelo menos isso.
Remete-me ao querido poeta Mário Quintana, o ótimo gaúcho: "O pior analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê." É vero.
Mas clique AQUI, para conhecer um pouco do pensamento crítico, bom humor, vida etc de Paulo Patarra. Morreu vítima de câncer. Foram mais de 50 anos de jornalismo de combate.
Creio, que mesmo os do contra venham a gostar do texto, publicado na revista "ABI On-line".
Bom proveito.
Prezado Carlos Santos, obrigada pelo maravilhoso presente, um primor de entrevista realmente. Passei a admirar ainda mais a pessoa de Paulo Patarra, uma pena ele não estar mais entre nós e lamentável que os espelhos do nosso jornalismo hoje sejam, na sua maioria, “colunistas sociais”, preocupados em “entreter” (Leia-se: manter o povo à margem) dos fatos e das relações sociais relevantes para o bem-estar coletivo. Parabéns à eles, estão cumprindo o seu papel. Culpados somos nós, ao permitir que assuntos como: a viagem de férias de fulano, as tendências da moda outono/inverno, as meninas “estilosas” (essa palavra existe???) na micareta tal, etc., etc., etc., estejam tão intrínsecamente incorporados ao cotidiano de nossos lares, que esquecemos de dizer: “tenha um bom dia”, “como foi o seu dia”, “trouxe tarefa da escola?”, “está chateado(a) ? Vamos conversar a respeito”.
Pois bem, maravilhem-se com os novas tendências da moda, invejem as viagens de férias para a Europa (vocês dificilmente farão uma, enquanto prestarem tanta atenção à vida dos “colunáveis” e esquecerem das vossas). Infelizmente a maioria pensa que eles estão preocupados com as nossas, ledo e fatal engano.
Parabéns pelo excelente blog, fico mais fã dele a cada dia que passa. Um abraço.