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domingo - 09/09/2012 - 10:10h
7 de Setembro da vergonha

Agressão desproporcional, repressão indevida

Da coluna Notas e Comentários (Tribuna do Norte)

Agressão desproporcional

Os atos de agressão cometidos por policiais militares na sexta-feira (7), durante as comemorações do 7 de Setembro em Natal, revelaram um despreparo e descontrole que não são dignos da corporação que integra a “segurança pública” no Estado. Os manifestantes não cometeram qualquer ato que justificasse uma reação tão desproporcional e antidemocrática. Estavam lá para pedir melhorias na saúde.

Impressiona que tantos policiais tenham se ocupado em agredir a vice-presidente da Comissão de Saúde do Conselho Federal da OAB e procuradora da Fazenda Nacional Elke Cunha, exatamente quando os demais manifestantes não estavam por perto. Não foi um ato que se possa apontar como corajoso. Ao contrário, quando alguns se juntam contra alguém que não estava provocando danos a outros e visivelmente não tinha condições de reagir na mesma proporção, não se pode usar outro termo se resuma tal ato: Sim, trata-se de uma “covardia”.

Repressão indevida

A Polícia Militar tem a obrigação de preservar a ordem. Mas nunca usar a violência contra manifestantes que se expressam de forma pacifica e democrática para fazer, apenas e tão somente, um apelo: “Melhorem a saúde pública”. Quem há de negar que esse pedido, ao contrário de violência física, merece se escutado e, mais do que isso, levar à reflexão e a medidas urgentes?

Nota do Blog do Carlos Santos – Episódio lamentável. Vez por outra temos espasmos de “saudades” do regime militar. Independentemente de quem seja o inquilino do poder, ele (ela, no caso) não pode apoiar a violência com o silêncio.

A própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional emitiu nota considerando o caso reprovável e afirmando que o governo deve um “pedido de desculpas” à sociedade.

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Categoria(s): Administração Pública / Política / Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. Carlos Andre diz:

    Bom dia Carlos Santos.

    Neste caso vemos pelo menos dois ingredientes a justificar tal atitude dos policiais:

    O ranço cultural dos tempos da ditadura militar, não é por menos, nossa policia não esta sendo preparada para atuar num ambiente social multivisão e plural, ao mesmo se deve a rígida disciplina que é imposta em sua formação que não aceita um mundo alem de comando e comandados, a nós cidadãos não nós resta mais que a pencha de sermos comandados e a eles, policiais militares, a função de executar as ordens do comando, algo bem repressivo, tipico de um mundo um pouco distante na nossa breve história.
    E o segundo ingrediente que vejo a fermentar mais este episodio é o fato de nosso “GOVERNADOR RAVENGAR” não aceita nada alem da subserviência dos “comandados”, nós na visão dele, a beligerância intelectual deve ser cruelmente e exemplarmente aplacada, algo que infelizmente nossas policias sabem fazer com maestria.

  2. Toinho diz:

    Essa é a maneira do DEM governar.se não ler na sua cartilha,vai pra peia.pura ditadura,graças a Deus esse não é o nosso regime,esses que pensam assim,breve estarão sendo expulsos do poder pelo povo e a democracia volta a reinar no nosso estado,e na nossa cidade,aqui em Pau dos ferros,nós também somos vítima dessa penúria.

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Infelizmente, sobretudo por razões de ordem cultural e política, toda sociedade em especial a nossa polícia ainda vive, age, pratica e vivencia a ordem antiga ordem, como a ordem medieval de senhores e vassalos.

    A continuidade desse tipo de ação e cometimento de abusos vários, deve-se também a formação dos policiais , formação essa que pouco ou nada mudou dos argumentos, das praticas e da doutrina da ditadura de 31 de março de 1964.

    Atuei algum tempo como 1º Secretário da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SUBSECCIONAL DE MOSSORÓ, e verdaderiamente pude constatar, na prática o quão é deveras arraigada a cultura da criminalização do pobre, a conivência e a cumplicdidade com atos cotidianos de tortura no âmbito das prisões, delegacias e penitenciárias, e mais ainda a inoperâncias das intituições (MP/ JUDICIÁRIO E OUTRAS AUTARQUIAS E INTITUIÇÕES AFINS), em de fato, possibilitar mecanismos de ordem material e instiucional, que efetivamente abra caminhos na exemplar punição dos autores de práticas nefandas e deletérias ao conjunto da sociedade.

    Claro que no “conjunto da obra” há varias causas subjacentes, porém a questão fulcral reside no quesito cultura da impunidade, impunidade essa que recebe do conjunto da sociedade enunciados vários, os quais dizem claramente que ao criminoso pobre dar-se-á cassetete, prisão e tortura, ao criminoso criminoso influente e de costas largas, dar-se-á todas as benecies e benefícios que lei, legiferada Lei causuística Lei possa proporcionar.

    SEM ESQUECER, QUE, GRANDE PARTE DA SOCIEDADE AINDA CONFUNDE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE COM VINGANÇA…!!!

    ESSA CULTURA DEGRADANTE CULTURA, PERPASSA TODAS AS CLASSES SOCIAIS, INDEPENDENTE DE RAÇA CREDO, E (OU) NIVEL SOCIO-CULTURA E ECONÔMICO.

    Um Abraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  4. Costa diz:

    Logo a polícia militar, que nos últimos anos provocou ondas de terror e pânico em suas mobilizações por melhores salários.
    Quanto à Governadora, sinceramente, não entendi a surpresa… Aos que tem memória, vão lembar da Dra. Rosalba, quando prefeita, mandando “descer a sola” nos sindicalistas do município.

  5. B.Nunez diz:

    A ditadura em algumas pessoas continua, lamentávelmente certos indivíduos políticos profissionais que não admitem o contraditório; então eliminemo-os da política. Pensam que são donos do estado, um dia viverão em completo ócio e desprezo.

  6. JUNIOR diz:

    Inicia-se a primeira onda, vamos ver até onde TUDO VAI PARAR. mas com certeza MUITOS SOFRERAM, ESTÃO SOFRENDO E SOFRERÃO NOS CORREDORES DOS HOSPITAIS.

  7. Marcos Pinto. diz:

    Autoritarismo reiterado/reiterativo da oligarquia político-familiar numerada de Mossoró. Ainda hoje se comenta sobre a brutalidade da PM durante o terceiro mandato de Rosalba Rosadus na PMM, por ocasião do desfile do dia 07 de Setembro, em que ela determinou que a polícia dispersasse pacíficos manifestantes que passavam diante o palanque, sendo certo que até crianças foram atingidas nos olhos com aspersão de gás lacrimogênio e pimenta, acintosamente utilizado pela polícia militar. Atitude que não é estranha, posto que partindo de uma família oligárquica (ROSADUS) que foi serviçal do regime da DITADURA MILITAR. Uma lástima, pois.

  8. José diz:

    A frase de Isaac Asimov sem dúvida descreve bem os recursos utilizados por esse governo para se fazer respeitar: “A agressão é o último refúgio do incompetente.”

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