Por Odemirton Filho
“Pernóstico, soberbo e autoritário. Medindo uns oito palmos de estatura, o todo-poderoso secretário impõe sua antipática postura”. (A hora azul do silêncio, por Marcos Ferreira)
Embora a Constituição Federal afirme que todos são iguais perante a lei, alguns insistem em se achar superiores a tudo e a todos. Com qualquer dose de poder, embriagam-se.
No dia a dia deste país, a velha “carteirada” sempre foi comum. Não é de hoje. É de ontem. Quanto mais carregada a tinta da caneta, mais se vale de sua posição para olhar por cima, para nós, pobres mortais.
Em uma sociedade, dita civilizada, é fundamental que todos respeitem às normas. TODOS! Em um Estado democrático de Direito o limite é a Constituição Federal. Para o bem comum é necessário que todos os cidadãos obedeçam às leis.
Como viver em sociedade se alguns acham que são superiores à norma? Assim, quando alguém ultrapassa os limites da lei é preciso aplicar uma pena, a fim de que sirva de reprimenda e exemplo.
Se alguém comete um crime deve ser punido. Se alguém descumpre uma obrigação em matéria civil deve ressarcir a parte prejudicada. Simples assim.
Porém, é comum que alguns que detenham um cargo ou função pública usem o poder para inflar o seu ego.
E não é preciso ser um cargo “importante”, mesmo porque todos são. Para quem tem essa personalidade, qualquer poder que lhe for dado é motivo para se achar o “todo poderoso”.
Ainda bem que é a exceção. Pelo menos, creio que seja.
Fico a imaginar a pessoa que age dessa forma. Talvez, tenha a ilusão da eternidade. Não sei qual o motivo. É digno de respeito ou de pena? O respeito deve ser conquistado pelo exemplo, não pela imposição.
“Sabe com quem está falando”? Sei sim. Um cidadão igual a mim. Que tem direitos e deveres. Como se sabe, por circunstâncias da vida, cada membro da coletividade exerce uma função. E todas são essenciais para o funcionamento da sociedade.
A caneta pode estar carregada de tinta. O bolso, cheio de dinheiro.
Mas, quem se comporta com ar de superioridade é pobre. Pobre de “marré deci”.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
Infelizmente nosso país possui aos montes magistrados do naipe comportamental do desembargador que foi a tona da mídia nacional durante toda semana, conseguiu os minutos de fama tão sonhados, só que deixou de joelhos um monte de colegas, pois ali naquele local ele deveria lembrar -se que a autoridade dele era e é inserida na Carta Magna do nosso Brasil, pena que a cada instante o mencionado documento não respeitado pelos da lei, imagine os cidadãos comuns que habita o solo brasileiro. No mais, parabéns pelo artigo em tela.
Parabéns, Prof.Odemirton. Esse orgulho desenfreado é o do pobre de espírito. Eu tenho um orgulho pessoal, o amor que tenho por meus filhos e netos. Hoje, Dia dos Avós, me sinto privilegiada. Meus filhos, sempre estudiosos e bem sucedidos, galgaram suas posições com muito estudo e concursos. Jamais os vi dando carteiradas. São humildes. Além de tudo, carinhosos e cuidadosos comigo. Três tesouros.
Quando terminar a minha estrada, levarei a glória da família linda que construí com meu marido. Gostaria de ver os netos formados, encaminhados. Os mais velhos, talvez… reina amor em nossa casa, há alegria e risos. Agradeço a Deus por me ver cercada de tanto amor, mesmo afastada fisicamente dos netos menores. Vídeos constantes marcam minha presença para que não me esqueçam e cantem as músicas com as quais os embalei para dormir…meus pequeninos…Que saudades!
Não vou discorrer sobre esse assunto, prezado Odemirton Filho. O que havia para ser dito você disse. E disse bem. Eu, que já recebi carteirada e “carteiragem” (esta última é quando o indivíduo pensa que possui a tal carteira), prefiro me concentrar o meu tratamento de higiene mental e passar ao largo dessas bestas infrenes que se julgam cheias de super poderes. Pois nem precisamos ir muito longe para toparmos com personagens dessa fauna. A epígrafe acima está em voga.