• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 17/03/2013 - 11:54h
Reunião governista

Aliados ficam no impasse; Carlos e Rosalba se ausentam

A esperada reunião da cúpula governista em Natal, no dia passado, começou e terminou no mesmo diapasão: sem nada de concreto quanto às chamadas “adequações” do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Ninguém – sondado – topa compor pastas da administração estadual.

Os participantes do encontro foram consensuais no que repetem há meses e meses: o governo precisa deixar de ser centralizador. O governo precisa ouvir mais e tratar aliado como aliado e não vassalo.

De novidades, duas que não acrescentaram nada à relação entre a cúpula do governismo e sobretudo o PMDB. Muito pelo contrário: agravaram o relacionamento.

Primeira: o casal Carlos Augusto Rosado (DEM)-governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não compareceu ao encontro marcado ainda em Brasília, à semana passada. Em seu apartamento em Morro Branco, o anfitrião foi o senador José Agripino (DEM), porta-voz de Carlos e Rosalba.

Segunda novidade: PMDB, PR e PP devem apresentar lista de sugestões de nomes para o secretariado e a governadora, logicamente com voz ativa de Carlos Augusto, secretário chefe do Gabinete Civil, diz “sim” ou “não”.

Participaram da reunião o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), o senador José Agripino, o presidente da Assembleia Legislativa Ricardo Motta (PP) e o ministro Garibaldi Filho (PMDB), bem como o vice-presidente estadual do PMDB, ex-deputado estadual Elias Fernandes.

O presidente do PR, deputado federal João Maia, justificou ausência informando que estava em Apodi, em encontro regional de seu partido.

Blogs baseados em endereços físicos na capital, como das jornalistas Thaísa Galvão e Anna Ruth, atestam que o presidente da Associação Norte-rio-grandense dos Criadores (ANORC), Júnior Teixeira, foi apontado como opção para a Secretaria da Agricultura.

Por telefone, ele disse “não”. Está fora.

O “plano B” colocado à mesa foi de Orlando Procópio, atual delegado do Ministério da Agricultura. Está em aberto se aceitará ou não e se o casal dará endosso à indicação.

Na Saúde, outro impasse. O DEM pensou no ex-prefeito de Pau dos Ferros Leonardo Nogueira (DEM), que também quer distância dessa bronca insanável.

Nota do Blog – Rosalba e Carlos Augusto passaram a ter dificuldades de coabitação física com alguns de seus parceiros políticos, em especial do PMDB. A ausência do casal da reunião foi, no mínimo, deselegante. Porém é mais do que isso: é um recado.

Agripino precisou fazer uma acrobacia verbal, em argumentos, para justificar a ausência dos principais interessados no fortalecimento do governo.

A questão central não é cargo e mais cargo para aliados. PR, PP, PMDB desejam realmente participar das decisões, com iniciativa própria e mais flexibilidade para atuação da equipe de secretários.

O impasse é praticamente insanável.

Carlos Augusto precisará mudar um estilo que empina em toda sua trajetória política, que deu certo no nhe-nhe-nhm paroquial em Mossoró, mas não emplacou no Governo do Estado.

Ele topa ratear o poder? Não creio. Nem seria coerente à altura de tempo dessa gestão.

Nos intramuros do poder, em várias situações, Carlos tentou fragilizar e subjugar Henrique e Garibaldi. Os dois sabem disso.

Na gestão estadual, os indicados do peemedebismo apenas ocupam cadeiras. Não mandam em patavina nem vão mandar.

É o quadro atual. Será o quadro também adiante.

Anote, por favor.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Baptista diz:

    Enquanto eles ficam dicutindo cargos, o nosso estado vai cada vez mais naufragrando. Vamos trabalhar gente! O nosso povo precisa é de ação! Essas picuinhas só prejudica o sofrido povo do nosso RIO GRANDE SEM RUMO E SEM NORTE.

  2. João Cabral Sobrinho diz:

    Jcs- Eu venho me perguntando há bastante tempo qual o interesse do PMDB em participar de um governo sem rumo e sem comando, segundo a veja dessa semana e o Globo está conseguindo ser pior do que o de Micarla. Quanto a bala de prata q vc citou no seu comentário após o tão propalado encontro de Brasília, eu acredito que não tenha passado de uma bala de chumbo. Como é possível entender um partido que é hj o maior aliado do governo federal, contando com o Presidente do Congresso Nacional, na pessoa do Senador Renan Calheiros e o Predidente da Câmara Hentique Eduardo, e ainda com o Ministro da Previdência Garibaldi Alves, que todos sabemos serão adversários nas próximas eleições que se avizinham. Acredito que para apoiar os interesses do estado não precisa necessariamente indicar cargos na administração, sobre pena de também ser responsabizado pelo insucesso do governo como um todo, o que é factível. Indicar um Deputado estadual para uma secretaria de grande importância, sabendo que o mesmo terá que deixar a pasta até 30/04, para se candidatar nas próximas eleições é no minimo muito estranho, pois com certeza ele vai trabalhar para viabilizar sua reeleição, e criar constrangimentos ao restante da bancada, exatamente o contrario do que vem sendo divulgado, que será uma forma de aproximar a assembleia com o governo. Será? E indicar Elias Fernandes para secretaria de recursos hídricos vai agradar a bancada da Assembleia Legislativa? Sendo ele pai do Deputado Gustavo Régis Fernandes, que pelo que foi divulgado na imprensa já foi de imediato vetado pela governadora. Com a palavra o PMDB.

    • erivan diz:

      Simples, eles querem sugar até o quanto nao puder mais . É como uma laranja que a nos chupamos, chupamos e chupamos até nao ter mais sumo . Garibaldi e henrique estao chupando a laranja que as tetas do governo, quando estiver so no bagaço eles joga fora.

  3. Marcos Pinto. diz:

    Esse imbróglio político reprisa o mesmo cenário vivido pelos políticos potiguares em 1950. O hábil e arguto Deputado Estadual DIX-HUIT ROSADO, eleito que fora em 1946, observando e ao mesmo tempo fomentando intrigas entre os possíveis candidatos ao governo, rompeu com o governador José Augusto Varela, que insistiu na candidatura do primo Manoel Varela. Em sua incrível engenharia política, Dix-Huit criou o PR – Partido Republicano pondo no comando do Diretório Estadual pessoas de sua estrita confiança. Fez uma tessitura tão meticulosa que resultou em retumbante vitória do irmão Dix-Sept Rosado. chamava atenção o fato de que as eleições majoritárias no Rio
    Grande do Norte sempre tivessem se caracterizado pela dualidade de candidatos.
    Teria sido assim, pelo menos desde o período da redemocratização brasileira em
    1947. Neste mesmo ano, promulgada a constituição estadual, seguiram-se os
    embates eleitorais que opuseram Udenistas (UDN) e Pessedistas (PSD), sempre se
    alternando no poder político.
    No governo do estado, José Varela
    (PSD) se saíra vitorioso da contenda com Floriano Cavalcante (UDN), em 1947; na
    eleição de 1950, um racha no PSD fez com que Dix-Sept Rosado Maia, agrupando dissidentes pessedistas, udenistas e petebistas, vencesse o pleito, derrotando de forma fragorosa o candidato adversário Manoel Varela. Agora está havendo uma inversão da engenharia política engendrada por Dix-Huit, quando o Carlus Augustus ROSADUS opta pela centralização do poder, nos mesmos moldes do governo José Varela (1947-1950), o que com certeza implicará em inexpugnável e iminente derrota à reeleição, da pusilânime gestora Rosalba ROSADUS, no pleito do próximo ano. Quem viver, verá.

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