Por Aluísio Barros
Essa navalha na carne
Esse desejo de morte
Essas cores, essas dores
esses dias tão sem norte.
Não, não pode ser
Eu e você
Não, nunca vai ser.
Este sol que nasce e não se mostra
Esta lua que em mim vai se alojar
Estes dias quase sempre desiguais
estas noites, falsas cores.
Não, não pode ser
Eu, e você
Não, nunca vai ser.
Estas ruas pequeninas a esconder
Estes olhos que me espiam sem falar
Estas bocas que me olham e se calam
Este canto, este pranto
Este rio sem carregos
Este mar que nos separa
Estes anjos e arcanjos
Meus santos, todos os santos
Que acampam ao teu lado
Eu e você
Não, nunca vai ser
Nunca mais!
Aluísio Barros é professor, poeta e cronista
* Extraído do livro “Dos amores que beiram os meus caminhos e outros poemas”
Meu professor de faculdade…meu mestre. Aluísio Barros,amigo de meu pai. Muito bom ver seus textos aqui.