Por François Silvestre
Hoje, uma loja das Americanas foi assaltada à luz do dia, na Rua da Glória (Rio de Janeiro). Próxima ao cruzamento com a Cândido Mendes, passando pela Rua Conde Lage.
Quase na mesma hora, um policial foi executado no Largo do Machado, a duas estações do metrô da Glória. Área de classe média, antigamente tranquila, cuja violência limitava-se às farras da Lapa, próxima dali, cuja informação de Nelson Gonçalves dizia que “na Lapa baixam valentes, malandros e otários”.
Hoje, não há lugar para otários, malandros nem valentes. O lugar é de bandidos e vítimas.
Os anjos da Rua Conde Lage, pequenas estatuetas, que as meretrizes usavam de enfeite na penteadeira, nem precisam ser virados para a parede, como elas faziam, para poupá-los das cenas obscenas. Não.
A obscenidade do Rio de Janeiro é resultado da corrupção, combate de mentira da corrupção, domínio da bandidagem e intervenção federal completamente desmoralizada.
Os anjos da Rua Conde Lage, que não tinham vergonha das suas donas, sumiram. Roxos de vergonha.
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Triste; mas é isso.
A intervenção federal ainda não chegou aos meus olhos. Aqui na Tijuca há assaltos constantes. Insegurança Máxima.
Ler uma crônica de François Silvestre é como ouvir uma boa música, independente da gravidade do conteúdo. É um mestre.