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domingo - 12/01/2020 - 08:18h

Ano novo, velhas promessas

Por Odemirton Filho

Desde que me entendo por gente escuto a mesma cantilena político-eleitoral.

Entra ano e sai ano e as promessas são as de sempre.

Quais?

Os professores serão valorizados, terão dignas condições de trabalho e os salários serão melhores.

Na saúde não faltarão remédios, leitos hospitalares e insumos básicos para atender bem a população.

A segurança pública será dotada de equipamentos e armamentos para que possa desenvolver a contento o patrulhamento ostensivo e repressivo.

Eis, somente, algumas promessas.

Assim, já sabemos de cor e salteado, para usar uma linguagem coloquial, a retórica de alguns candidatos no próximo ano: irei lutar por saúde, educação e segurança. É a gravação no mesmo disco de vinil.

Não se observa qualquer mudança. É algo cansativo. Enfadonho.

Há tempos que a sociedade brasileira escuta a mesma conversa fiada. Todavia, não se vislumbra, de forma efetiva, qualquer mudança significativa.

São os mesmos vícios e as mesmas práticas. E a culpa, diga-se, não é somente dos políticos.

É, de igual modo, de alguns agentes públicos e do cidadão/eleitor.

Com efeito, o que se presencia, dia a dia, são escândalos de corrupção, em todos os níveis do Poder.

Não se pode negar que existem aqueles que têm bons propósitos, mas são engolfados por um sistema devidamente estruturado para manter o status quo.

O objetivo é levar vantagem. O jeitinho brasileiro é lugar-comum. Neste país ser “esperto” é a atitude correta. Quem assim não age é tachado de bobo ou de querer ser “santo”.

Quanto tempo ainda vamos presenciar a incompetência administrativa e a corrupção?

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Esta crônica do Odemirton Filho nos faz lembrar dos quadros do Francisco de Goya.
    Verdadeira e chocante.
    O pior é que ninguém se toca.
    Os vereadores, ditos oposicionistas, limitam-se a posar para fotografias.
    Outros, satisfeitos com cargos comissionados, nem isto fazem.
    Mossoró precisa acordar. E esta crônica é um chamamento à realidade.
    A Espanha ficou estarrecida com o que Goya mostrou nas suas telas e despertou.
    Que Mossoró desperte com as crônicas do Odemirton Filho.

  2. Rocha Neto diz:

    Sua coluna de hoje, me fé e lembrar os filmes os velhos filmes que fizeram um sucesso enorme nas tardes dos domingos nas telas dos Cine Caiçara e Cine Pax, quando uma exibia o Dólar Furado, o Outro mostrava Django, pra nós meninos jovens e adolescentes, nem dava trabalho pra encontrar as bilheterias, pois os prédios ficava aos fundos do outro.
    Inerente à política e políticos o enredo tem tudo a ver, por ironia o elenco dos mocinhos e bandidos continua na mesma fita de sempre.
    No final de tudo, os adversários de sempre já estão trabalhando com desprovencia de sempre pra eleger a prefeita atual, que se encontra se hidratando com água de coco nos antigos alpendres calejados dá velha Tibau, onde de tudo acontece como antes no velho quartel de Abrantes.
    Que pena!!!!

  3. Rocha Neto diz:

    Corrigindo…
    Sua coluna de hoje me fez lembrar dos velhos filmes que fizeram…

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