Hoje, o jornal "O Mossoroense" chega aos 135 anos de vida como um dos mais longevos do país. Todos os vivas do mundo.

Fazer jornal impresso nesse sertão de meu Deus chega a ser um ato de heroísmo. Ser jornalista de vera, então…

Boas recordações de um tempo que vai se distanciando, mas que continua impresso em mim. Foi parte de minha aurora no exercício profissional que virou paixão e apostolado.

Antes, já era nossa companhia em casa, onde ler tinha status de hábito atávico e herança passada de pai para filho. O estímulo à leitura seria inoculado em nós para nunca mais sair.

O Mossoroense chegava fresquinho, como se fora um papiro enrolado em camadas, acomodado à feira matinal. Àquele tempo, um balde de alumínio era utensílio elementar às compras no Mercado Central e arredores. O jornal estava entre os "mantimentos" essenciais à família.

Jaime Hipólito, Ivonete de Paula, Lauro da Escóssia, Dorian Jorge Freire e seu Cota Zero preenchiam os olhos curiosos e pareciam avisar, intrinsecamente, por espasmos do inconsciente, que ali estava sendo forjado o futuro Carlos Santos, o repórter.

Parabéns e obrigado ao velho "Mossora".