sábado - 19/07/2008 - 16:44h

Aprovação administrativa não significa endosso eleitoral

O resultado da primeira pesquisa que identifica o gosto popular, quanto à sucessão em Parnamirim, é muito interessante. Pode servir de exemplo para outros municípios.

Maurício Marques (PDT), candidato apoiado pelo prefeito Agnelo Alves (veja postagem abaixo), não agrega a plena aceitação administrativa do governante. Transfusão de votos não é uma tarefa fácil.

O que foi comentado em todo o período de pré-campanha está configurado: Maurício é um fardo e não existe a simples transferência de prestígio da administração para si. 

Não faltam exemplos recentes e passados, mostrando que a vontade de cima para baixo, dos líderes, nem sempre é absorvida pelas bases e a maioria do eleitorado.

Natal, coladinha em Parnamirim, experimenta um cenário parecido. A deputada federal Fátima Bezerra (PT) está com considerável dificuldade para viabilizar sua vitória, não obstante amplo endosso de lideranças populares, governos estadual e municipal.

Em 1992, em Mossoró, o governo Rosalba Ciarlini (hoje senadora do DEM) com mais de 90% de aprovação administrativa não transportou o conceito para seu candidato à sucessão, empresário Luiz Pinto. Quem venceu foi o adversário Dix-huit Rosado (PDT), atropelando Rosalba e a máquina pública.

O que esse comportamento do eleitorado passa de mensagem?

Simples.  Apesar de termos um eleitorado majoritariamente de baixa instrução e escasso discernimento, ele necessariamente não mistura alhos com bugalhos. Pode muito bem endossar a gestão, sem acatar o ungido por ela.

Na situação de Parnamirim, a postulação de Maurício Marques é viável, porém distante de ser uma nomeação pela vontade soberana de Agnelo. Terá mesmo que suar e mostrar nutrientes próprios para acrescentar.

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Categoria(s): Blog

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