• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sábado - 09/10/2010 - 21:38h

Assembleia coloca Robinson e Rosalba em teste de poder


A formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para a próxima legislatura será um dos temas permanentes, do noticiário jornalístico potiguar, até o início de 2011.

Dividirá espaços com formação da equipe da futura governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Claro que outros assuntos correlatos, periféricos e ocasionais também vão estar em evidência, mas o duelo de forças na AL é um caso à parte.

Está em jogo não apenas a formação do seu quadro de poder internamente, mas o peso de forças influentes, de fora para dentro.

De 1997 até este ano, a Assembleia Legislativa funcionou como uma possessão à parte de seus presidentes. Primeiro, o deputado Álvaro Dias (PDT); depois, Robinson Faria (PMN).

Só eles dois, em 13 anos, presidiram esse poder. O instituto da reeleição presidencial foi convertido em regime de exceção.

Cada um se transformou numa espécie de "vice-rei" do Rio Grande do Norte.

Nesse período, a Casa foi quase sempre parceira dos governadores Garibaldi Filho (PMDB) e Wilma de Faria (PSB), mas também soube – pontualmente, se rebelar. Desde que lhe fosse conveniente.

Antipatia

Entretanto quem mais sentiu o peso do mau humor, da AL, foi o atual governador Iberê Ferreira (PSB). Não por acaso.

Candidato à reeleição, Iberê enfrentou e continua enfrentando a antipatia de uma maioria oposicionista, que até poucos meses fazia fileiras no situacionismo.

Para o início da gestão de Rosalba, a AL será majoritariamente governista. Entretanto o DNA dessa supremacia pode representar uma delicada divisão de espaços e poder na Casa e no Governo Rosalba Ciarlini.

Robinson, seu vice, atual presidente da AL, tem uma bancada própria reeleita para a próxima legislatura. Continuará influindo por lá.

Sua intervenção pode ser decisiva. Mas também pode causar uma dicotomia de comando e ingerência descabida.

A formação da mesa e os acontecimentos de bastidores, à sua montagem, dirão se teremos uma AL autônoma ou monitorada por Robinson e Rosalba, via seu marido e líder, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).

Quem conhece a forma de pensar e o modus operandi de Carlos sabe, sem pestanejar, que ele não gosta de ser refém nem de entregar o destino político da mulher a terceiros.

Para Carlos Augusto não basta ter maioria, é preciso ter voz ativa.

Foto – Robinson e Rosalba (21 de janeiro de 2010) estarão somando ou não na AL.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. itamar de sousa diz:

    caro jornalista CARLOS SANTOS,b dia
    NA MINHA OPINIAO,SE O D.N.A DOS MEMBROS QUE COMPOE A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA,TIVEREM SEMELHANÇA COM O D,N,A DOS “CARISSIMOS” EDIS DE MOSSORÓ,A SENADORA ROSALBA ROSADO,NAO TERÁ DIFICULDADES!!OBS;CARISSIMOS EDIS,ERA COMO O PREF DIX~HUIT ROSADO OS CHAMAVA !!
    SAUDAÇOES HERZOGUIANAS.

  2. MARCOS PINTO - Do IHGRN e da AAPOL. diz:

    Começa o teste de Fogo: É sabido que o candidato preferencial do Robinson não é o mesmo do C.A (Carlos Augusto). Como será resolvido esse imbróglio: Carlos é conhecido como pessoa que não gosta de ser contraditado: por outro lado o Robinson sempre cruzou o rio Rubicon. Será que a eleição da Presidência da Assembléia Legislativa já constituirá motivo para dissidências? E quanto aos municípios onde a candidata do DEM(O) contou com o apoio dos dois lados, resta a pergunta: Qual dos dois lados ela irá prestigiar, como é o caso do município de Rafael Godeiro ?

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