Os ensaios para o Auto da Liberdade 2023 seguem em ritmo acelerado. O espetáculo, que resgata a memória dos quatro atos libertários de Mossoró, será apresentado nos dias 27, 28 e 29 de setembro, na Estação das Artes Elizeu Ventania, reunindo cerca de 100 pessoas em cena.
A preparação para o espetáculo vem acontecendo na Escola de Artes, todos os dias, sempre a partir das 19h.
O Auto da Liberdade 2023 tem como diretor-geral Leonardo Wagner. Serão cerca de 100 pessoas em cena — sendo 30 profissionais (entre atores e bailarinos) e mais 70 pessoas da comunidade. No total, são mais de 140 pessoas envolvidas nesse processo, considerando figurinistas, aderecistas, cenógrafos, ferreiros, marceneiros, produtores, produção musical, coreografia, assistência de direção e maquiagem.
Enredo
O Auto da Liberdade resgata atos históricos de Mossoró: o Motim das Mulheres, Libertação dos Escravos, Resistência ao bando de Lampião e o 1.° Voto Feminino.
Motim das Mulheres – Em 4 de setembro de 1875, cerca de 300 mulheres saíram pelas ruas de Mossoró em protesto contra a obrigatoriedade do Alistamento Militar. À época, protestavam sobre a convocação de seus esposos e filhos para o Exército ou Marinha, as mulheres ocuparam unidades públicas e delegacias, munidas de utensílios domésticos para chamar atenção das autoridades.
Libertação dos Escravos – Mossoró foi pioneira na abolição dos escravos. O município fez jus à liberdade aos escravos da cidade em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. À data, todos os homens que moravam na cidade estavam livres.
Resistência ao bando de Lampião – Em 1927, a cidade de Mossoró sofreu um grande ataque promovido pelo bando de Lampião. Os cangaceiros queriam extorquir relevante quantia em espécie do banco e comércio local. Com bravura e resistência, os mossoroenses montaram trincheiras comandada pelo prefeito Rodolfo Fernandes. Mossoró conseguiu vencer a batalha e expulsar o bando de Lampião.
Primeiro Voto Feminino – Mossoró também se torna pioneira no voto feminino. Em 1928, a professora Celina Guimarães Viana se consolida como a primeira eleitora a participar do sistema democrático do País, se tornando protagonista do processo político brasileiro.
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Quando tive a honra em dirigir
O Centro histórico e cultural Manoel Hemetério/Museu Histórico Lauro da Escócia (1998-2000) fiz profunda análise sobre os principais fatos históricos de Mossoró : Motim das Mulheres, Primeiro voto feminino do País, Libertação dos Escravos e a Resistência ao ataque de Lampião. Após profunda reflexão, lembrei-me da importância do famoso Auto da Compadecida. Convoquei o Escritor e funcionário Filemon Rodrigues, ocasião em fiz uma exposição verbal observando a necessidade de se juntar os 04 eventos históricos em um só com a denominação de AUTO DA LIBERDADE. Encaminhei o dito funcionário para expor a minha ideia ao então Presidente da Fundação Municipal de Cultura Gonzaga Chimbinho que, incontinente, adotou a sugestão e determinou sua equipe a consecução/elaboração do AUTO DA LIBERDADE. Resumindo: Desperdicei oportunidade de, eu mesmo, elaborar o Projeto AUTO DA LIBERDADE e registrá-lo em Cartório para, só assim, vender os Direitos Autorais à Fundação Municipal de Cultura. Faltou-me o Lampadinha do Prof. Pardal. Essa foi de lascar. Rsrs.