E não é uma gratidão qualquer. Na legislatura que começa este ano, eles são uma espécie de "Bancada do Robinson". Bateu, levou.

Seu guia, o "füher" (líder), é Robinson.

Em tese, apesar do seu afastamento da Assembleia Legislativa, onde ficou por seis mandatos (desde a eleição de 1986) e foi seu presidente durante 8 anos seguidos, Robinson continuará dando as cartas. Ou no mínimo, tendo peso decisivo. Manter-se-á influente.

Foi quase que uma espécie de "vice-rei" da Capitania Hereditária do Rio Grande do Norte nos governos Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira (PSB).

Dessa feita, essa força do vice-governador, como este Blog já comentou anteriormente, é amplificada e enraizada em dois poderes: executivo e legislativo. Organicamente.

O atual presidente da Casa, Ricardo Motta (PMN), deve em muito a sua reeleição a Robinson. A presidência, também.

Gesane Marinho (PMN), da mesma forma.

José Dias (PMDB) sabe que não se reelegeria sem Robinson Faria lhe destinando apoios, colégios eleitorais, em áreas em que sequer tinha presença política. O PMDB, seu partido de origem, com lideranças como o senador Garibaldi Filho (PMDB) e deputado federal Henrique Alves (PMDB), quase nada lhe adicionou.

O caso de Raimundo Fernandes (PMN) é idêntico. Bolsões de votos no Agreste em que Robinson é o todo-poderoso, reelegeram esse parlamentar de longo curso, fatigado em suas bases no Alto Oeste.

Vivaldo Costa (PR) também teve um pouco do "fundo do tacho" de Robinson nos grotões.

Em 2006, quando se elegeu pela última vez à AL, Robinson foi o único entre os 24 eleitos que obteve vitória com seus próprios votos, pois o quociente eleitoral foi 68.387 votos e ele empalmou, sozinho, 70.282 votos.

De quebra ainda fez o filho Fábio Faria (PMN) o campeão de votos a deputado federal, com 195.148.

Como se vê, Robinson não é amador em política. É do ramo.