Do The News para o BCS
2025 tem sido um ano de tensão constante em Brasília. Teve disputa Congresso vs. Planalto, Congresso vs. Supremo Tribunal Federal (STF) e por aí vai. Agora, já aos 48’ do segundo tempo, surgiu mais um “climão” para fechar o ano: Supremo vs. Banco Central. No fim da última semana, o BC pediu esclarecimentos a Dias Toffoli sobre o pedido feito pelo ministro para uma acareação do Master. O procedimento coloca pessoas com depoimentos contraditórios cara a cara para esclarecer divergências.
Quem também havia se manifestado foi o procurador-geral Paulo Gonet, solicitando ao STF a suspensão da audiência.
Toffoli, no entanto, rejeitou os recursos e manteve a decisão de realizar uma acareação em pleno recesso judicial. Assim, a audiência — marcada para amanhã — vai colocar frente a frente o dono do Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.
A reação foi imediata
Entidades que representam cerca de 90% do sistema financeiro brasileiro divulgaram uma nota em defesa da independência técnica do BC.
Auditores do Banco Central também falaram em indignação, argumentando que o movimento expõe servidores antes da conclusão das investigações.
Como resposta, o Banco Central deve entrar com recurso no STF contra a participação de um diretor da instituição na acareação, já que Aquino e o BC não são investigados no caso.
Pano de fundo
Além disso, a razão de tanta preocupação por parte do mercado financeiro é sobre a possibilidade de que Toffoli possa reverter a liquidação do Master, o que poderia enfraquecer a imagem do BC.
Vale lembrar que o ministro, que é relator do caso no STF, viajou a Lima para assistir à final da Libertadores no mesmo jatinho em que estava o advogado do Master.
No fundo, o embate vai além do Master. Ele toca num ponto sensível: até onde vai o poder de interferência do Judiciário sobre decisões técnicas do regulador financeiro.
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