Por Inácio Augusto de Almeida
Julho de 1944. A guerra perdida para a Alemanha. Oficiais de alta patente sabiam que a derrota era inevitável e que, continuar lutando era apenas sacrificar ainda mais o sofrido povo alemão. Só que não tinham coragem de dizer isto ao louco que continuava acreditando na vitória.
E por conta da covardia do alto comando das forças armadas, milhares de militares e civis morriam todos os dias.
Um coronel não suportou ver tanta covardia causando tanto mal ao povo alemão e resolveu agir.
Chamou para si a tarefa de matar Hitler e negociar uma rendição condicional com os aliados. Rendição que, por não ser incondicional, manteria à Alemanha numa posição não humilhante e preservaria milhões de vidas.
STAUFFENBERG sondou vários generais e todos se mostraram simpáticos à ideia. Até mesmo o grande Rommel concordava que a guerra estava perdida.
Stauffenberg armou a OPERAÇÃO VALQUÍRIA e partiu para uma reunião na Toca do Lobo, onde Hitler se reuniria com generais, levando dentro da pasta uma bomba de alto poder explosivo. Stauffenberg chegou a colocar a pasta com a bomba armada para explodir minutos depois e conseguiu sair da sala.
A bomba explodiu e Stauffenberg retornou a Berlim certo que Hitler tinha morrido.
A Operação Walquíria começou a funcionar e todos aderindo ao projeto que buscava pôr fim a uma guerra que já não tinha sentido.
Logo que a voz do Hitler é ouvida nos rádios dos alemães, ele tinha sobrevivido, todos começaram a se afastar de Stauffenberg a quem passaram a chamar de traidor.
O Coronel Stauffenberg foi fuzilado imediatamente. Outros também foram fuzilados, mas sempre apontando Stauffenberg como o responsável pela traição.
E como TRAIDOR DA ALEMANHA Stauffenberg entrou para a história.
O tempo passou e a verdade surgiu.
Hoje uma enorme estátua do HERÓI Claus Von Stauffenberg pode ser vista na mais movimentada avenida de Berlim.
De bandido a herói.
A verdade pode demorar a aparecer, mas sempre aparece.
Que o exemplo de Stauffenberg sirva para covardes que mentem, encobrindo atos espúrios, reflitam.
A história está repleta de exemplos de que os imediatistas, os covardes, os mentirosos, terminam mergulhados na vala do esquecimento.
Inácio Augusto de Almeida é jornalista e escritor
Tive o prazer de assistir esse firme duas vezes, é ótimo! O filme é eletrizante, mas muito triste no final.
A “sorte”de Hitler foi a mudança do local da reunião, foi para um anexo mais aberto. A bomba perdeu seu poder de destríção; assim ele escapou e disto tirou vantagem.
Os aloprados tem sorte.
Um abraçaço.