Meu caro Givanildo Silva,
Daqui a pouquinho esbarro aà em sua sala. Levo, no alforje, um presente que agradaria a Quincas Berro D´água; a ti, com certeza, também.
É carga especial do sertão mineiro.
Tem o sabor do bom aguardente… huuumm!! Carrega o aroma campesino e o afeto desse seu irmão, consagrado sob à benção de dona EmÃlia, sua mãe. Minha, credite-se, aceito que fui no seu coração imaculado, como filho temporão.
Meu batismo – de fato – fica para um pouco mais adiante, no solo sagrado de Sousa, sua ParaÃba. ParaÃba de José Américo de Almeida e seu livro definitivo, “A bagaceira”.
Quero minha sagração no velho casarão de cômodos largos, na calçada que se espicha na direção da rua, no cantinho manso do coração da matriarca. Em qualquer lugar desse sertão de árvores retorcidas, sol que castiga e oferta luz, de um povo generoso e humilde.
Será com o beijo na fronte, como devem fazer os que querem bem; de joelhos, reverenciando a sabedoria e a placidez da mulher-guia. Apenas sentado, contemplando-a. Tocando suas mãos experientes, fitando-a no fundo d´alma e saudando-a: “A benção, mãe!”
Aà sim, só muito depois, podemos voltar a ser mais ou menos o que somos, também em Sousa: velhos dinossauros, pagãos empedernidos; uma gente fora de moda, ultrapassada. Calejados. Vividos, vivendo; aprendizes, ainda.
Ah! Chama o “Mangabeira” para nos acompanhar. Pelo que já narrastes em seu Blog, não me sai da cabeça a ideia de que ele seja um daqueles personagens humanos, gente de carne e osso, saÃdos das veredas descritas por Guimarães Rosa!
Bota uma Serra Limpa aÃ, “Givinha!”
Fino lavor! Arte de primeira.