quarta-feira - 11/06/2008 - 09:23h

Bestas em tempo de campanha

Confesso-lhe: após quase 25 anos exercendo ininterruptamente o papel de repórter (o que me realiza), tenho dificuldade de escrever sobre a política mossoroense. Acompanhá-la pela mídia diária convencional é também sofrível.

Sem muito esforço, é possível identificar que boa parcela da informação chega à opinião pública “por encomenda” ou é produto “ficcional”. Não culpemos apenas a nós, comunicadores sociais, por tamanha aridez e engodo.

O cenário é resultado também do empobrecimento do meio político. Temos escassas vocações, esqualidez de nomes e indigência intelectual. Nunca fomos tão mal servidos no ramo.

Nem entro no item moral, quesito que nos levaria à página policial.

As pesquisas revelam um alheamento maciço do povo, quanto às discussões políticas. Há frieza e quase nenhum engajamento. Não fossem as claques pagas com o dinheiro público para soltar gritos histéricos e proclamar palavras de ordem, a turma falaria só.

O irrequieto jornalista Paulo Francis costumava dizer, que eleição no Brasil é “sempre a escolha do menos ruim.” Mossoró prova que a sentença é segura.

Os principais nomes confirmados à prefeitura não conseguem sobreviver a uma entrevista coletiva séria. Mas ninguém deve se queixar. Eles estão certos.

“Quem acha besta, não compra cavalo”, diziam os mais antigos.

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Categoria(s): Blog

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