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segunda-feira - 30/09/2024 - 04:38h
Jogos on-line

“Bets” devastam vidas de milhões de famílias, mas há esperança

Arte ilustrativa do Canal Meio

Arte ilustrativa do Canal Meio

Por Caio Barreto Briso (Do Canal Meio)

É sábado de sol no Rio de Janeiro e, às 10h, o Centro está às moscas. Na Rua Acre, onde casarões da cidade velha se espremem entre prédios comerciais com pichações na fachada, as lojas estão fechadas e os antigos sobrados, vazios. Mas no quarto andar do edifício Jequitibá, número 47, há uma sala tão cheia de gente que faltam cadeiras para todos. Muitos permanecem em pé durante as três horas de reunião dos Jogadores Anônimos (JA). Em silêncio, 64 pessoas ouvem Raíssa. A história dela e de outros membros do grupo (em itálico e com nomes fictícios em respeito ao anonimato) revelam o lado mais obscuro do mundo das apostas online.

“Estou há 12 dias sem jogar. É difícil. Ingressei há um mês, mas tive uma recaída. Pensei em desistir, achei que não teria forças para voltar. Tenho 30 anos de idade, trabalho desde os 15 e as bets levaram tudo o que construí. Perdi mais de R$ 400 mil em dois anos. Tenho uma filha de nove, ao contrário de muitos aqui ainda tenho família, mas perdi a confiança da minha mãe e dos meus amigos. Nesses 12 dias sem jogar, não menti para ninguém, consegui olhar as pessoas nos olhos. Posso não ter um real no bolso, mas sinto uma paz tremenda. Quando acordo, só peço a Deus que me ajude a ficar mais 24 horas sem apostar.” 

Não há quem não os veja. Nas redes sociais de atletas como Neymar e Gabriel Medina, nos perfis de influenciadores sobre quem você nunca ouviu falar, mas que têm milhões de seguidores. Em sites esportivos, em canais do YouTube, nos uniformes de 15 dos 20 times da elite do futebol brasileiro. Os anúncios de apostas esportivas e também de caça-níqueis online, apelidados de “tigrinho” ou “aviãozinho”, estão por todos os lados. Estima-se que existam mais de dois mil slots no Brasil, como esses jogos de azar são conhecidos. As bets são assunto nos bares, no trabalho, nos encontros de família, em grupos virtuais. É uma epidemia. Ou, como chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma “pandemia”.

“Cheguei há 120 dias, acabado moralmente, com um emprego bom, mas sem conseguir trabalhar e me concentrar por causa das bets. Elas tomaram conta da minha vida de tal forma que eu acordava de madrugada para ver campeonatos russos, campeonatos chineses, com a ilusão de que ganharia alguma coisa. Até ganhei, mas perdi tudo em seguida e, quando vi, tinha perdido meu carro e, o pior, estava perdendo minha família. Procurei tratamento quando minha mulher arrumou uma mala para mim e me mandou embora. Eu não me achava doente, mas quando cheguei no JA, entendi que tenho um problema. A doença é tão forte que, apesar de todo o sofrimento, ainda sinto vontade de jogar. Essa semana pensei em apostar, mas respirei fundo e vim para a reunião. Estamos vivendo um problema de saúde pública, mas aqui no grupo estamos conseguindo. Só por hoje.” 

Em um país onde as pessoas passam em média 9 horas e 32 minutos por dia grudadas em telas, de acordo com um ranking mundial da empresa britânica Proxyrack no qual o Brasil ficou em segundo lugar, seis minutos atrás da África do Sul, as bets descobriram seu Eldorado. Mas as entrevistas indicam que não é apenas o vício em celular que torna os brasileiros tão vulneráveis ao jogo compulsivo: tem a ver com a promessa de dinheiro fácil e esperança de uma renda extra. Depois de jogar, porém, passa a ser visto como a única saída para pagar dívidas criadas pelo próprio vício. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que dos 52 milhões de brasileiros que já fizeram apostas de algum tipo, 83% começaram há menos de dois anos e 40% têm de 18 a 29 anos de idade. A frequência impressiona: 45% jogam ao menos uma vez por semana, sendo que 8% apostam todos os dias.

“Estou há dez dias sem jogar. Cheguei aqui aos pedaços no sábado passado. Minha esposa está grávida de cinco meses da nossa primeira filha depois de muitas tentativas. Ser pai era o meu sonho. Quando engravidamos, pensei: vou dar tudo para a minha filha. E comecei a subir a mão. Em uma noite, perdi R$ 8 mil em duas horas. Eu dizia para minha esposa que precisava de dinheiro para consertar o motor do carro, ela chegou a sacar R$ 10 mil do banco para o conserto, mas o carro não tinha problema nenhum. Eu saía de casa para jogar na rua, dentro do automóvel. Sou bombeiro civil e passava o dia todo apostando. Em janeiro, estávamos de férias na Praia dos Carneiros, em Pernambuco, e não consegui aproveitar porque, ao jogar escondido, perdi uma aposta. Minha esposa se sentia culpada, achava que tinha feito algo de errado. Ela me dizia sorrindo que a bebê estava chutando a barriga e nem isso me deixava feliz. Muitas noites sem dormir, devendo, agiotas me cobrando. Foram mais de R$ 500 mil em apostas. A única coisa que consegui pagar com o pouco que ganhei foi a pintura do quarto da minha filha: dei R$ 1 mil para o pintor. Mas o prejuízo emocional é o maior de todos. Minha esposa me expulsou de casa. Tudo que eu quero é minha família de volta.”

A propaganda funciona. Hugo, o pai da história acima, começou depois de ser alcançado pelo algoritmo das redes sociais e canais do YouTube. Patrícia, também frequentadora do JA e que parou há um mês, começou a apostar ao ver posts e stories no Instagram de uma influenciadora que ela seguia. Assim que começou a jogar, Patrícia transformou R$ 4 em R$ 2 mil. “Parecia que eu tinha ganhado na Mega Sena. Contei para o meu marido, que estava estudando no computador. Ele me disse para parar, que aquilo não daria certo. Eu disse que não jogaria mais. Naquela mesma noite, varei a madrugada”, conta. Mãe de dois filhos, ela conta que nunca foi adicta a nada, nunca teve vícios, sempre foi “certinha”. Professora infantil de crianças de 1 a 5 anos, em pouco tempo passou a ficar ansiosa pela hora do “soninho” na escola, pois jogava sempre que a turma dormia. Hoje, passa boa parte do dia com o celular desligado. É preciso. Para um jogador compulsivo, o celular no bolso equivale a um papelote de cocaína na mão de um viciado em pó.

Ilustração da Editoria de Arte da Época Negócios

Ilustração da Editoria de Arte da Época Negócios

“Sou Ana Paula e estou há dois anos sem jogar. A gota d’água foi o aniversário de 20 anos da minha filha. Eu estava presente, mas era como se não estivesse. No dia seguinte, peguei o cartão dela emprestado dizendo que compraria um remédio, mas era mentira. Passei muito mal nesse dia, pois junto com a sanidade perdi também minha saúde, fiquei hipertensa e diabética. Estava andando na rua e tentei suicídio me atirando embaixo de um carro, mas o motorista desviou. Fui parar em um hospital, minha filha chegou me chamando de ladra, dizendo que nunca mais queria saber de mim. Já tinha perdido meu marido, pois arrasei com a vida financeira dele, e estava perdendo meu tesouro. Três dias depois, minha filha voltou para casa dizendo que viu na internet o JA. Liguei para a Linha de Ajuda e me deram o endereço. Fui na reunião com ela, ouvi pela primeira vez que eu era doente, que essa é uma doença incurável e que leva à morte. Fiquei confusa, mas continuei voltando. Eu devia dinheiro a nove agiotas. Ainda devo a três. Trabalho como auxiliar administrativa de uma gráfica, não sei quando vou conseguir pagar tudo, mas o importante é continuar em recuperação. Falar sobre isso me faz bem: faz eu lembrar que não posso ir na primeira aposta.”

Os Jogadores Anônimos surgiram na Califórnia em 1957 tendo como modelo a recuperação de 12 Passos dos Alcoólicos Anônimos, irmandade fundada por Bill W. e Bob S. em 1935 e que revolucionou o tratamento não apenas da dependência do álcool, mas de todas as formas de compulsão e obsessão. As irmandades de autoajuda são independentes, não se envolvem em questões alheias à recuperação, não aceitam apoio ou ajuda financeira externa e são mantidas pelos próprios membros com contribuições voluntárias. Ninguém precisa dizer nem mesmo o nome completo. Para fazer parte do JA, basta o desejo de parar de jogar e encontrar uma nova maneira de viver. No Brasil, tudo começou na Rua Acre em 1993. No início, a reunião era frequentada por “jogadores analógicos”, como define Ubirajara, membro mais antigo que iniciou sua recuperação do vício em jogo do bicho nos Neuróticos Anônimos. Hoje, ele garante que 90% dos novos companheiros são os “jogadores digitais” das bets.

“Meu nome é Ademir, estou há 38 dias sem apostar. Estou mais tranquilo, estou bem com a minha família. Voltei a dormir. Estou melhorando. Só isso, obrigado.”

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O número de ingressantes não para de aumentar – são mais de 50 por mês nos 11 grupos presenciais do Rio e também no grupo virtual. Em todo o Brasil, o JA tem hoje 39 grupos espalhados por 25 cidades das cinco regiões, mais o Distrito Federal. “São muitos grupos, muitas reuniões. Só neste ano, chegamos a mais nove cidades do país”, afirma Ubirajara. Na manhã daquele sábado, 21 de setembro, havia um companheiro completando 28 anos sem jogar. Mas havia também dois homens assistindo a uma reunião pela primeira vez. “Vocês são as pessoas mais importantes aqui hoje. Estávamos esperando vocês”, eles ouviram. Escutaram também 20 perguntas, do servidor voluntário responsável por aquele dia, como “você já sentiu remorso após jogar” e “já pediu dinheiro emprestado para financiar seu jogo?”. A literatura da irmandade diz que jogadores compulsivos respondem “sim” a pelo menos sete perguntas – um deles respondeu a 13, o outro a 14. Os dois ingressaram, foram aplaudidos, receberam abraços. Mesmo para os mais antigos, não há emoção maior. A porta está aberta e as cadeiras arrumadas para esse momento.

“Não sei direito o que é bet, só sei pelos anúncios, sou das antigas. Sei que tem esse tigrinho, mas os bichos que conheço são do jogo do bicho. Virei as costas pra isso há muito tempo. Eu me aposentei, adquiri minha casa própria, criei meus filhos em recuperação. Jogador compulsivo que não para de jogar não consegue isso, ele se mata – se não embaixo de um carro, ele se mata para a vida. Há jogadores compulsivos que viraram mendigos, que não tiveram a oportunidade de conhecer essa sala. Eu poderia ser um deles, mas estou aqui.”

Muitos companheiros do JA conhecem histórias de pessoas que se mataram ou foram mortas por dívidas não pagas. Um caso recente é o do mecânico Marcos Roberto Machado, de 52 anos. Seu corpo foi encontrado em julho após dois meses de desaparecimento. Estava em seu carro capotado fora de uma rodovia perto de Nova Mutum, no Mato Grosso. Sua filha contou às autoridades que o pai tinha dívidas com um agiota no valor de R$ 200 mil, perdidos para o “jogo do tigrinho”. Segundo a polícia, o caso segue em investigação. Há também relatos de pessoas que tiveram que fugir para sobreviver. Embora trabalhe no setor de compliance, um funcionário de uma das maiores bets do país ouvido pelo Meio diz que uma de suas atribuições é levantar o histórico de clientes que processam a casa de apostas após terem perdas. Ele conta que uma mulher de Vitória, no Espírito Santo, precisou se esconder de um agiota na periferia de São Paulo por uma dívida impagável. Ele não se arrisca no jogo e torce para que as plataformas sejam regulamentadas. “Só isso poderia impor às plataformas um limite de apostas por cada pessoa”, analisa.

“Sou Miguel, tenho 34 anos, estou vindo pela primeira vez. Cheguei a um ponto em que, em três anos, perdi R$ 200 mil. Perdi amigos e me afastei da minha família. Mudei meu comportamento, passei a ficar distante de todos. Meu filho é o maior presente da minha vida, ele é diabético e depende muito de mim, toma insulina em todas as refeições. Minha mulher continua do meu lado, foi ela quem achou o JA na internet e conversou comigo ontem. Decidi vir hoje para ter a minha vida de volta. Por mim, por ela, pelo meu filho.”

Via Pix

Nesta semana, foram divulgados os primeiros dados oficiais do Banco Central sobre o mundo das bets no Brasil. Segundo o BC – que entregou os números após solicitação do senador Omar Aziz (PSD), do Amazonas –, os brasileiros apostaram este ano entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês. Mas esse valor está subestimado, pois considera apenas as transações via Pix, ignorando aquelas que são feitas por TED ou cartão de crédito. Em junho, um relatório da XP Investimentos informou que as apostas brasileiras movimentam 1% do PIB do país e comprometem até 20% do orçamento livre dos mais pobres.

É um mercado em ascensão não apenas aqui. Segundo o departamento de pesquisa da Statista, plataforma de dados baseada na Alemanha, a indústria global de bets movimentou US$ 85,62 bilhões em 2023 (aproximadamente R$ 462 bilhões). E a previsão é que esse valor aumente para US$ 133,59 bilhões em 2029 (R$ 726 bilhões). A diferença é que nos Estados Unidos, por exemplo, as apostas online correspondem a 0,4% do PIB, e as empresas faturam 7% dos valores jogados; aqui, segundo o BC, as casas ficam com 15%.

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“A gente pensa: futebol é mole, eu entendo disso. Daqui a pouco começa a perder. Aí acha que tem habilidade para ganhar do jogo que foi criado para você perder. Poucos pedem ajuda, acabam no fundo do poço. Isso não é brincadeira. Lá fora as pessoas não falam das suas derrotas, mesmo que estejam arrebentadas por dentro. Aqui temos um programa de honestidade. Aprontei coisas que até Deus duvida. Hoje tenho uma vida útil, íntegra e feliz. É uma vida simples: trabalho, pago as contas, respeito as pessoas. Temos professores, advogados, engenheiros, pessoas que estudaram e que não estudaram. Aqui dentro somos todos iguais.”

Em entrevista ao Meio, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que “esses relatos são casos dramáticos” e que, “embora o vício em jogo não seja uma coisa nova, a velocidade e o aumento da compulsão com a entrada das bets é algo assustador” e se multiplica sem regulação. Na semana que passou, enquanto o presidente Lula estava na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, houve uma reunião coordenada pelo presidente em exercício, o vice-presidente Geraldo Alckmin, com participação das equipes da Fazenda, da Justiça e da Saúde. “Haverá um grupo de trabalho que também terá o Ministério dos Esportes. Mas o que posso dizer desde já é que, sim, as bets são uma epidemia de saúde pública no Brasil, com muita exposição das crianças e jovens, o que requer ainda maior atenção”, disse a ministra. “A comparação que eu faço é com o tabaco. Os avanços no Brasil foram muito grandes a partir do momento em que a regulação da publicidade e a coibição do fumo foram feitas. Temos que caminhar para algo que se aproxime dessa visão.”

“Eu não conseguia ficar um dia sem jogar. No começo, apostava só em futebol, mas logo não tinha mais paciência para esperar o fim de semana inteiro para saber os resultados, então fui aos esportes mais dinâmicos e, depois, entrei na loucura do tigrinho e do aviãozinho. Essa foi a minha desgraça. Tentei controlar, tentei parar, jurei que não jogaria mais e nada adiantou. Trabalho de madrugada no setor de logística dos Correios e tive muitos problemas no emprego por faltas. Ficava em casa em depressão ou passava a madrugada jogando. Não conseguia mais sair de casa. Fui despejado três vezes com minha família por não pagar aluguel. No começo do ano, sofri meu último despejo e fui morar com parentes, em um quartinho improvisado. Até que decidi me afastar do trabalho e me internar em uma clínica psiquiátrica por um mês. Estou há cinco meses sem jogar.”

Vício nos jogos está desviando finalidade do Bolsa Família (Foto: Joédsom Alves)

Vício nos jogos está desviando finalidade do Bolsa Família (Foto: Joédsom Alves)

A professora Vanessa Lucia Arienti, de 42 anos, trocou escolas da elite paulistana para lecionar em Francisco Beltrão, no Paraná. Bets e “jogo do tigrinho” eram novidade para ela quando assumiu 15 turmas de 50 adolescentes da rede pública paranaese. Ao ouvir de colegas que havia alunos viciados em apostas – estudantes dizendo que não precisavam mais estudar, pois estavam ganhando dinheiro jogando –, a professora de sociologia e filosofia quis entender o fenômeno. Até se cadastrou em uma plataforma e jogou quantias módicas, além de conversar com as turmas. A cada intervalo ou momento de distração na aula, via os alunos se juntando para apostar. A falta de concentração era quase absoluta.

“Percebi que, em turmas de 50, quatro ou cinco alunos estão comprometidos com apostas. E a impressão que eu tenho é que as crianças em vulnerabilidade social são muito mais atingidas. Isso me desencantou. Sonhava dar a mesma aula para o filho do operário e para o filho do banqueiro, mas o filho do operário, de um modo geral, quer ganhar dinheiro rápido no tigrinho, e os vulneráveis ficam cada vez mais vulneráveis”, reflete Vanessa. “Amo o que faço, tinha esperança de transformar a sociedade pela educação, mas decidi pedir exoneração três meses após passar no concurso público, e 70% disso tem a ver com essa realidade que observei.”

“Como contei, fui para uma clínica psiquiátrica após ser despejado pela terceira vez. Eu estava no fundo do poço, cogitando suicídio, pensava que a vida da minha família seria melhor se eu simplesmente não existisse. Deixei meu filho passar necessidade para jogar e, mesmo assim, ele me via como um herói. Minha geladeira não funcionava, com exceção do freezer, e eu não consertava: todo o dinheiro ia para as apostas. Foi na clínica que eu soube do JA. Nesses cinco meses de recuperação, já paguei R$ 7 mil dos R$ 60 mil de dívidas. Minha alegria hoje são coisas simples: tomar um picolé com minha família, comprar uma pipoca para o meu filho. Finalmente consegui comprar uma geladeira nova. A primeira coisa que meu filho falou foi ‘pai, agora a gente pode fazer gelatina’. Eu chorei. Tem uma vida esperando a gente, mas é um dia de cada vez. Só por hoje.”

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Categoria(s): Gerais

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