O Judiciário potiguar resolveu devolver os policiais militares que servem a esse poder, desfalcando as ruas e a segurança ao cidadão comum.
A Assembleia Legislativa fará o mesmo?
Diz-se que por lá existem mais de 100 militares servindo a deputados até como motorista.
O presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Aderson Silvino, dá um bom exemplo.
Boa tarde Carlos Santos. Gostaria de externar que achei importante a atitude do Poder Judiciário que devolveu parte do efetivo da PM, que estava ao seu serviço, para seu lugar de origem. Todavia se faz necessário que outras instituições e a própria corporação Policial Militar se dê conta que o trabalho principal do policial militar é o policiamento preventivo ostensivo. Daí tal serviço ser chamado “atividade fim”. Infelizmente o que vemos sãos PMs serem usados como uma espécie de “serviços gerais” em inúmero setores atuanto como porteiros, motoristas, guariteiros de presídios, vigilantes de repartições públicas, segurança e até mesmo servindo cafezinho. Isso chama-se “desvio de função”. Enquanto presidente da Associação de PMs de Mossoró e Região fizemos várias denúncias sobre fatos desta natureza, mas apesar de alguns avanços, grande parte destes males persiste. Agora como vereador iremos continuar combatendo estas distorções e trabalhar por uma segurança mais eficiente e cidadã. Algumas medidas que julgo apropriadas para aumentar o número de PMs nas ruas sem precisar contratar novos policiais seriam;
-terceirização dos serviços internos das unidades militares tais como, cozinha, telefonista, faxina, manutenção mecânica, eletricistas, pedreiros, digitadores. Atualmente tais serviços são realizados por policiais militares treinados para o serviço operacional. Com a terceirização eles poderiam serem empregados nas ruas;
-terceirização dos serviços de segurança de repartições públicas que hoje é feito, em grande parte, por PMs;
-retirada dos policials militares das guaritas de presídios e cadeias públicas pois tal serviço deve ficar a cargo de uma “guarda de muralha”, devidamente treinada para este fim e sob o comando da SEJUC e não sob a responsabilidade da PM. Com o número de PMs que atualmente trabalham na cadeia e penintenciária em Mossoró se poderia ativar várias novas viaturas na cidade praticamente dobrando a quantidade de policiais nas ruas;
-valorização do serviço operacional, ou seja, torna-se necessário que o policial que trabalha diretamente no combate ao crime tenha as devidas condições de trabalho bem como que haja uma política de “estímulo” ao profissional que está nas ruas submentendo-se a toda carga de perigos, estresses e desgastes físicos e emocionais. Atualmente trabalhar nas ruas é visto como castigo por muitos PMs que buscam na primeira oportuniade deixar o serviço operacional e se “refugiar” em serviços internos de alguma repartição.