Por Aluísio Barros
Cada vez que ela se avultava na tarde que nascia,
avolumando-se feito manhã dentro de mim,
eu preparava a cama,
sem saber que a tornava insone,
estéril.
Setenta vezes sete mil,
em mim, partida,
a vida se perdia,
embora eu não cansasse de querer teus olhos
sobre os meus
e não deixasse morrer em mim
esse desejo insano de cravar-me em ti.
Aluísio Barros é poeta, cronista e professor
Lindo…
“e não deixasse morrer em mim “… que bela forma de impedir o esquecimento…não deixar morrer.
Prefiro Zé limeira.
fernado
Se ele tivesse nascido em Minas e escrito que no caminho tinha uma pedra, uma predra tinha no caminho, no caminho tinha uma pedra, você certamente o consideraria um gênio.
O problema nosso é que quando uma pessoa ganha fama até um simples aceno de mãos é motivo para simpósios e conferências.
Imagine se isto tivesse sido da lavra de um Vinícus de Moraes:
“Cada vez que ela se avultava na tarde que nascia,
avolumando-se feito manhã dentro de mim,
eu preparava a cama,
sem saber que a tornava insone,
estéril.”
Imagine e me responda se você teria coragem de dizer que iria preferir Zé Limeira.
Teria?
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