O vácuo na direção do Hospital Walfredo Gurgel (Natal) e o saneamento de seus principais problemas minam as forças do secretário da Saúde Pública do Estado (SESAP), Isaú Girino.
Ele ainda está no cargo por teimosia. Só.
Mesmo após seis meses de decretação de Estado de Calamidade Pública na Saúde, Girino não conseguiu o elementar: pelo menos suprir o maior hospital público do Rio Grande do Norte de insumos básicos.
A própria direção do Walfredo é uma fórmula que ele não fecha.
A solução de se efetivar no cargo o advogado Marcondes Diógenes de Souza Paiva (ex-interventor no buraco de corrupção aberto pela “Associação Marca” na Saúde da Prefeitura do Natal) não deve vingar. Os números financeiros pretendidos por Diógenes estão longe do ofertado pelo Estado.
E existem outros gargalos até aqui insanáveis.
Isaú Girino vai sendo enterrado vivo no Walfredo.
O hospital é calvário e sepultura de muitos potriguares, ao mesmo tempo em que se revela a última esperança – mesmo no caos.
Nasceu Girino e vai continuar Gerino – nome atribuído ao sapinho recém-nascido. Não tem performance nem desenvoltura para gerir.
Um dia um político me perguntou? O Hospital Walfredo Gurgel tem solução? Respondi: Tem solução, mas depende de algumas variáveis e aceitação pelo Governo Estadual, que eles próprio não tem “bagagem”, conhecimentos adquiridos, para gerir uma Unidade de Saúde desse porte e complexidade. Por que? É necessário um Diagnóstico Hospitalar, elaborado por uma equipe de Administradores.
Que fará uma avaliação da planta física, instalações, serviços auxiliares de diagnóstico e tratamento, capacidade instalada, fluxos internos, análise econômica e cumprimento de normas e exigências legais.
Tudo isso não tem caráter de Auditoria. É uma valiação integral da Instituição para fornecer informações detalhadas para tomada de decisão.
Resultado: maior segurança para tomada de decisões; investimento na hora e no lugar certo, para otimização de recursos; avaliação geral sobre os Setores estratégicos do Hospital; recomendações Técnicas sobre os aspectos que devem ser melhorados; identificação de situações críticas e de risco, que podem comprometer a atuação do profissional médico, enfermagem e do paciente; informatização, permitir a reciclagem e aprimoramento do quadro profissional, melhoria dos processos que resultam numa relação de custo-benefício . . .e tantas outras coisas!!
MAIS QUE TUDO ISSO, vontade política para resolver essa situação, adequada a um orçamento compatível as despesas de uma Unidade do porte do Walfredo Gurgel.