A Câmara Municipal de Areia Branca instalou hoje à noite (19h) em sessão extraordinária, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Vai apurar denúncias formuladas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais contra a prefeita Luana Bruno (PMDB).
A comissão inicialmente constituÃda tinha sido composta pelos vereadores Alderir Batista (PPS) da bancada governista e José Nazareno (DEM) e João Paulo Borja (PCdoB), ligados à pré-candidata a prefeito Iraneide Rebouças (DEM). Os três renunciaram à indicação durante à própria sessão, que superlotou o prédio-sede da Câmara.
Em face da recusa dos vereadores, que alegaram desconhecimento da matéria e questionaram o processo de escolha, o presidente Netinho Cunha (PSB) acabou constituindo outra formação. João de Beguinho (PP) ofereceu-se de imediato e foi indicado.
Os outros dois nomes foram Dijalma Silva (PCdoB) e Duarte Jr. (PR).
“A comissão nova tem as mesmas obrigações da que renunciou: apurar, investigar, averiguar o que o Sindicato denuncia. A Câmara não pode fugir de suas responsabilidade”, alertou Netinho Cunha. “O papel da comissão é este e não de cassar a prefeita. Não foi formada para cassar, mas para apurar o que é denunciado. Se houver culpa, então isso deverá ficar claro”, disse.
Vaias
Com cartazes, vaias e gritos que às vezes insultavam os vereadores que se recusaram a participar da comissão, os populares causaram muito tumulto na Casa. O presidente várias vezes pediu calma e avisou que poderia paralisar a sessão.
O presidente do Sindicato dos Servidores, Pedro Neto, também interveio com braços abertos diante dos populares. Cobrava paciência.
Quem perdeu o equilÃbrio foi o experiente vereador Alderir Batista, que além de se recusar compor a CPI, retirou-se sob ruidosas vaias do plenário. Antes, com dedo em riste, disparou impropérios contra Netinho Cunha.
Nazareno também optou pelo ataque. Investiu contra o presidente e bateu boca com Sandro Góis (PV). Mas foi emparedado.
“O senhor acabou de mostrar com quem está. Está com o Governo”, estocou Sandro, ao observar que Nazareno tinha conversado com o pai da prefeita, o médico e ex-prefeito Bruno Filho (PMDB), antes de decidir renunciar à comissão. Nazareno não o contestou.
A sessão foi concluÃda após mais de duas horas.
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