Tenho escrito que a campanha eleitoral de 2008 deve marchar em duas vertentes, sendo uma eletiva e outra judicial. Os números confirmam a assertiva.
Por enquanto o que prospera é a campanha judicial, com uma enxurrada de demandas na Justiça Eleitoral, tentando obstruir centenas de postulações a prefeito e vereador, da capital ao interior.
Até essa quinta (17), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tinha protocolado mais de 600 ações. E o perÃodo de efervescência da disputa nas ruas nem atingiu o ápice.
Há quem veja no volume e na tendência, uma obstrução às reais caracterÃsticas e primados da democracia. Não penso assim. O que existe é um estágio de acomodação, que ofertará frutos a essa mesma democracia.
Na maioria dos casos, os pedidos de impugnação advém de supostas irregularidades de agentes público no tratodos bens do cidadão. Imagino que nas próximas campanhas, haverá recuo dessa pressão em face de maiores cuidados e zelo com o erário. Esse é um mal necessário, para depuração.
Carlos também vejo como necessário os pedidos de impugnação de candidaturas. O bom disso tudo é que mudará num futuro proxÃmo a maneira de se fazer campanha eleitoral. Ao meu ver os candidatos a reeleição deveriam se esvincular dos cargos no caso majoritários, e irem a luta de igual para igual com os pretensos postulantes ao cargo maior do municÃpio. Sem o uso da maquina pública a coisa seria bem diferente. Mas quem sabe essa terra ainda vai cumprir com o seu ideal.