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segunda-feira - 06/11/2023 - 03:34h
"Ravengar"

Carlos Augusto adora ser ele mesmo até hoje

Antônio Abujamra era um personagem que se encaixou em Carlos Augusto e vice-versa (Foto: Arquivo)

Abujamra foi um personagem que foi adesivado em Carlos Augusto (Foto: Arquivo)

Habituado a adesivar apelido em qualquer um, seja aliado ou adversário político, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado coleciona essa modalidade de troça há décadas. Inocentemente, alguns ‘homenageados’ até pensam que é uma deferência ou afago.

Não mesmo.

A ex-deputada federal Sandra Rosado (PSDB), prima e por muito tempo adversária política, para ele é “A poderosa.” No seu íntimo, claro que não. O todo-poderoso é ele mesmo.

O bancário aposentado Pedro Moura é “Ministro,” na definição de Carlos Augusto. Pedro foi um conselheiro herdado dos tempos do rosadismo, grupo liderado pelo ex-deputado federal Vingt Rosado – tio do ex-deputado.

O jornalista Canindé Queiroz (in memoriam) era saudado como “Miséria.” Por trás, na frente, em qualquer lugar, qualquer conversa. Era Miséria aqui e acolá.

Canindé Miséria dava uma baforada no cigarro, cofiava a barba e ria.  Sabia bem o significado do tratamento pessoal. A-do-ra-va, que se diga. Contudo, não dava o troco. O tratava pelo prenome mesmo: Carlos.

Eu também não escapei do xará. Dos tempos de redação do extinto jornal Gazeta do Oeste, o codinome ‘nobre’ que me aplicou foi o de “Príncipe.” Plebeu, isso sim.

Para me ‘vingar’, sem querer ficar por baixo, atrevidamente revidava. A cada contato pessoal ou por telefone com o deputado, a saudação era uma só: “Diga, Vereador.”

Meu interlocutor não se incomodava. Sempre via tudo do alto, com olhos de enquadramento cinematográfico plongée (ângulo de cima para baixo), com todos a seus pés).

Sua mulher Rosalba Ciarlini Rosado tem um para deixá-la toda dengosa, ganho ainda nos  tempos de namoro: “Mãinha.” Entretanto, se ele está num daqueles dias de erupção, indócil… esqueça. Não cabe espalhar. Coisa de casal.

Nosso personagem também foi vítima do seu próprio veneno. Dos adversários, em tom provocativo, ganhou o epíteto de “Ravengar.” Era alusão ao personagem maquiavélico interpretado pelo ator Antônio Abujamra, na novela histriônica e satírica “Que rei sou eu?” (1989) – da Rede Globo de Televisão.

Mas, não pense você que isso lhe fez ou faz mal. Nadica de nada.

Carlos Augusto adora ser ele mesmo: Ravengar.

Vereador? Não. Esqueça essa minha bobagem.

Ravengar está de bom tamanho.

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Categoria(s): Crônica / Política / Reportagem Especial

Comentários

  1. Raimundo Guilherme diz:

    Carlos Augusto isso sim é muito prepotente, não sei hoje sem mandar na prefeitura, tomara quê não tenha mais esse “direito”.
    Depois de perder o poder nunca mais vi, por sinal não estou perdendo nada, é melhor falar com as paredes, está aínda arquitetando voltar ao poder, Deus e povo nós livre

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