A inclusão da ex-deputada estadual Ruth Ciarlini (DEM) na chapa da prefeita Fafá Rosado (DEM), candidata à reeleição, está certa. Há meses a decisão foi tomada. Fafá e família tomaram conhecimento, mas guardam o anúncio e até mesmo o comunicado do "expurgo" da atual vice-prefeita Cláudia Regina (DEM).

Segundo o raciocínio de Carlos, a confusa e esquálida gestão de Fafá não puxará a campanha à vitória. Caberá a Rosalba fazê-lo, potencializando mais ainda a imagem pessoal de líder de massas no município. Daí a escolha de Ruth, que mesmo sem luminosidade própria, representaria a imagem da senadora.

É nessa dependência que Carlos aposta, para ampliar a submissão da facção de Fafá a seu jugo. Até aqui, tem sido consultado para poucas decisões político-administrativas. Apostava que seria no governo de Fafá, o que fora em três gestões de Rosalba: o todo-poderoso.

O agitador cultural Gustavo Rosado, chefe de Gabinete e irmão da prefeita, assumiu esse papel, mesmo sem o mínimo de capacidade para tal. É o "prefeito de fato". Manda e desmanda, alojando Fafá numa sala, quase inacessível à maioria dos humanos, correligionários ou não.

A campanha municipal deste ano é a primeira em que, efetivamente, Fafá e família têm as rédeas para comando. Carlos está equidistante. Espera ser convocado e traçar os rumos do trabalho. Ele identifica sem maiores dificuldades que Gustavo vai pedir arrego, quando se sentir angustiado com a campanha. Afinal de contas, manter o poder é um negócio de família.