Do Blog de Josivan Barbosa
O interior do Ceará avança na atração de empresas do setor de calçados. Depois de interiorizar a indústria de calçados para o Vale do Jaguaribe (Russas), Região Norte (Sobral), Região do Cariri, Centro Sul e outras, agora uma grande indústria de calçados anuncia que vai se instalar no município de Brejo Santo.
Trata-se da marca italiana Diadora que será licenciada pelo grupo Dass, proprietário da Dilly Sports de Novo Hamburgo (RS).
O investimento em Brejo Santo será de R$ 80 milhões até o fim de 2016, quando a capacidade instalada atingirá 3 milhões de pares por ano. O valor inclui as instalações físicas cedidas pelo governo cearense como parte de um pacote de incentivos composto por dez anos de isenção de ICMS, além de equipamentos adquiridos com recursos próprios da empresa e financiamentos.
A sede da empresa, com as áreas administrativa, comercial e de pesquisa e desenvolvimento, permanecerá em Novo Hamburgo, núcleo do polo calçadista gaúcho.
O número de funcionários ficará entre 350 e 400 no ano que vem e alcançará 2,5 mil em 2016, sendo 90% no Ceará.
O objetivo é colocar os produtos da Diadora em 3 mil lojistas multimarcas num prazo de três a cinco anos e reforçar as vendas com uma estratégia de marketing que inclui patrocínios a atletas e eventos esportivos. No primeiro ano de operação a estimativa da Dilly Sports é vender entre 350 mil e 400 mil pares de tênis e atingir um faturamento de R$ 30 milhões.
Para 2016, a previsão é chegar a 1 milhão de pares anuais e a uma receita entre R$ 75 milhões e R$ 80 milhões, sendo 85% a 90% com a venda de calçados e o restante proveniente das linhas de acessórios e confecções.
Blog Carlos Santos – Começou em meados dos anos 80, no Governo Tasso Jereissati, a arrancada diferenciada do Ceará, com a posta na interiorização do desenvolvimento, criando polos descentralizados da Grande Fortaleza, à instalação de unidades industriais diversas.
Nós, no Rio Grande do Norte, ao longo desses últimos 30 anos, fizemos justamente o contrário. Na prática, só existe um polo de desenvolvimento, que é a Grande Natal.
Mossoró arrasta-se nesse processo, muito mais por suas características geopolíticas e riquezas naturais, do que por investimento programado e planejado de políticas de Estado.
Avança na industrialização, mas retrocede no desenvolvimento social.
Parece paradoxal,mas não é.
Leiam comentário que postei no tópico da música do Raul Seixas.
Não há a menor preocupação com o desenvolvimento social.
A mão de obra destas fábricsas é quase toda de fora.
Sobra para os cearenses o trabalho menos qualificado.
Não existe a preocupação com o preparar cearenses para o desempenho de funções mais importantes dentro destas fábricas.
O panorama visto da ponte é lindo.
A realidade é cruel.
Com a instalação de uma Escola Técnica em Granja, coisa que acontecerá nos próximos anos, a construção do prédio já se arrasta por mais de 3 anos, pode ser que este quadro comece a mudar.
Felizmente o Governo da Presidenta Dilma está preocupado com a qualificação de mão de obra nas cidades do inteiror do Nordeste.
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O IPTU VAI AUMENTAR EM 2014