Agrava-se a crise no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM). As cirurgias do Sistema Único de Saúde (SUS) foram suspensas nesta terça-feira (20), assim como o funcionamento de sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“A UTI do hospital já vinha operando com limitações e de seus 10 leitos apenas quatro ainda estão ocupados com pacientes do sistema único.
Não temos mais condições de manter o serviço funcionando, e a partir de agora iniciaremos a transferência desses pacientes”, avisa o médico José Cure de Medeiros, diretor do hospital. Segundo ele, a situação se arrasta há anos e poderia ser evitada, se o Governo do Estado e a Prefeitura pagassem o “plus” (complementação de cirurgias).
Sem o apoio do Estado e da prefeitura, o COHM arca com a despesa sozinho, alocando recursos de outros serviços para pagamento das escalas de plantão médico. “A situação chegou a um momento insustentável e lamentavelmente não temos mais como cobrir esse custo extra, sem o adicional sobre os valores pagos pelo SUS”, diz Cure.
No caso das cirurgias, o COHM deixa de fazer 10 intervenções por dia (300 no mês).
Ainda pior
Além do “plus” para os médicos, os hospitais de Mossoró também reivindicam do Estado, o reajuste no valor nas diárias de UTIs. Enquanto em Natal, uma diária de UTI para um paciente do Sistema Único de Saúde é de R$ 1.500,00.
Em Mossoró, apenas R$ 450,00. Um tratamento desigual, que prejudica os serviços de saúde em Mossoró.
“Em Natal, os plantonistas suspenderam o atendimento pelo Sistema Único de Saúde devido ao atraso do pagamento do plus. A situação de Mossoró é ainda pior, porque sequer existe essa complementação para os médicos”, lamenta Cure. Para ele, esse tratamento desigual está levando o serviço de oncologia a uma crise sem precedentes.
Do novo??? Homi, isso tá igualzinho a cantiga da Perua. Vôtis!