Candidatos a prefeito de Guamaré em pleito suplementar marcado para o próximo dia 9 de dezembro, Adriano Diógenes (MDB) e Iracema Maria Morais da Silveira (MDB), nomes a prefeito e vice, estão numa disputa pressionados por problemas no campo judicial. Os dois.
Ações civis públicas do Ministério Público do RN questionam a conduta de ambos por supostos atos de improbidade, que teriam sido praticados entre os anos de setembro de 2007 e maio de 2008.
Ex-secretário de Saúde do município, Diógenes e outros demandados tiveram decisão desfavorável do 8º juiz de direito auxiliar Cleofas Coelho de Araújo Junior, no dia 16 de agosto deste ano. Determinou indisponibilidade de bens e quebra de sigilo bancário.
A demanda trata de prestação de serviço de uma empresa natalense à municipalidade, com dispensa de licitação, considerando o MPRN que teria ocorrido favorecimento.
Outro problema
Antes dessa decisão, em 13 de junho deste ano, o juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes já determinara iguais procedimentos – quebra de sigilo bancário e indisponibilidade de bens – contra Adriano Diógenes e de Iracema Morais, ao lado de outros denunciados pelo MPRN, numa Ação Civil de Improbidade Administrativa.
Nos autos, o magistrado assevera que “o lastro probatório acostado aos autos demonstra como provável a ocorrência de uma fraude (montagem) no procedimento licitatório que culminou com a aquisição de materiais de higiene e limpeza descrito na exordial (…).”
Deferimento e acidente
A celeuma judicial em torno de Adriano teve mais uma etapa nessa sexta-feira (16), quando a juíza eleitoral Cristiany de Vasconcelos Batista deferiu o registro de sua candidatura. Ele garantiu direito à disputa.
Antes, na sexta-feira (9) à noite, Adriano envolveu-se num acidente de trânsito na BR-406 no município de Ceará-mirim. Ele e o motorista Vânio Morais saíram com ferimentos leves e o condutor de outro veículo, Severino Batista de Oliveira, morreu no local.
Eleições e concorrência
As eleições suplementares vão acontecer, em face da cassação e perda de mandato do prefeito Hélio Willamy (MDB), que apoia a chapa Adriano-professora Iracema Maria.
A chapa concorrente é formada pelo ex-prefeito Mozaniel Rodrigues (SD), o “Biel”, filho do ex-prefeito já falecido João Pedro Filho, e Edson Siqueira do Carmo (SD), o “Edinho de Moacir” (SD).
Mozaniel e Edinho de Moacir foram candidatos em 2016, sendo derrotados por Hélio Willamy.
O município de Guamaré pertence à 30ª zona eleitoral e possui 13.726 eleitores.
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Sabe como deveria acabar essa hipocrisia jurídico-administrativa? Entregando as administrações municipais à justiça eleitoral e ao MP eleitoral. O juiz eleitoral seria o prefeito, o MP formaria a Câmara municipal e o promotor da causa presidente da Câmara. Pronto. Sairia mais barato, até porque juiz e promotor com vontade de ser político é que não falta.
Isto só terá fim com leis mais claras.
Só para exemplificar:
Lula condenado em segunda instância foi recolhido ao xadrez.
Outros, mesmo condenados em segunda instância, continuam exercendo cargos eletivos e administrando verbas de dezenas de milhões de reais por mês.
Continuar do jeito que está é inaceitável.
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NADA MAIS TRISTE E DIGNO DE PENA DO QUE A DECADÊNCIA DE UM CORRUPTO.
NUNCA APERTE A MÃO DE UM CORRUPTO. LEMBRE-SE DO EFEITO OSMOSE
É uma convivência estranhamente pacífica e cara.
O finado João Pedro deve está intranado naquele município, é a chamada justiça “Cú de burro”.