Depois de muita escaramuça, disse-me-disse e balões-de-ensaio, a chapa à Câmara Federal do Rio Grande do Norte vai-se desenhando como "chapão".

Somente se acontecer alguma "zebra", as urnas devem mostrar alguma surpresa.

O principal foco de atrito era no sistema governista, com as postulações do ex-secretário da Casa Civil Vagner Araújo (PSB) e do ex-dirigente da Emater Luís Cláudio "Chope" (PSB). Mas ambos foram levados à desistência. Recuavam ou a chapa ao governo poderia pagar preço alto.

Vagner será suplente de senador da pré-candidata Wilma de Faria (PSB) e Chope ficará com a coordenação da campanha ao governo do governador Iberê Ferreira (PSB).

Assim, as coligações à Câmara Federal no governismo apontam para as candidaturas à reeleição de Henrique Alves (PMDB) e João Maia (PR) e de Fátima Bezerra (PT) e Sandra Rosado (PSB).

Henrique e João estão aliviados na composição PMDB-PR-PV. Quem corre por fora, sonhando em ser o terceiro, é o estreante Paulo Wagner (PV), vereador em Natal.

Fátima e Sandra compõem-se em provável aliança que unirá PT e PSB, além de outras pequenas legendas. Quem corre por fora, sonhando em ser zebra é o vereador natalense Adenúbio Melo (PSB). Crê que a comunidade evangélica, do qual faz parte, pode levá-lo a ser pelo menos o segundo eleito na chapa.

Na oposição, os deputados Fábio Faria (PMN), Felipe Maia (DEM), Betinho Rosado (DEM) e Rogério Marinho (PSDB) travam luta à reeleição. Praticamente não possuem adversários internos. O temor é que o governismo emplaque uma surpresa.

Com as "zebras" abatidas ainda na "savana" dos bastidores, resta aguardar para sabermos se não vai aparecer alguma surpresa adiante.