O Jornal de Hoje noticiou, em sua edição de sábado, 9, que o governo estadual vai partir para a tomada de uma série de medidas, visando contenção de despesas. Não é mais possível disfarçar a necessidade de retração nos gastos da máquina pública.
No final de semana, a governadora reuniu-se com equipe estratégica para afinar medidas. Empresas recém-criadas como Emproturn e Cehab estão com instalação adiada e dezenas de cargos comissionados vão ficar sem ocupantes até segunda ordem. A determinação é se ecomizar até em centavos.
A postura do governo quebra o discurso empinado até o momento, em contraponto à oposição e à realidade dos fatos. Vendia-se imagem de um ambiente com estabilidade e plena prosperidade gerencial no RN. O cenário é ainda pior do que o exposto através da imprensa.
A partir de alerta feito pelo deputado estadual Walter Alves (PMDB) e do Ministério Público, assinalando que os gastos do Estado estariam avançando no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), soou o alarme. Agora, impossível de ser desligado.
Noutro ângulo de análise, o fato nos obriga a perguntar: isso é resultado de incompetência ou desleixo?
Há poucos meses foi anunciada com pompa uma minirreforma administrativa, proclamada como um "choque de gestão". Virou choque de indigestão?
O argumento em formato de óbvia redundância era de que as medidas seriam para melhorar a eficiência do Estado e reduzir custos, mesmo criando mais organismos públicos e cargos. O resultado está aí.
O diferencial em relação à primeira gestão de Wilma, é que não está mais disponível o álibi da "culpa é do governo anterior", escudando os próprios deslizes. Em seu discurso de posse à nova equipe, este ano, a governadora afirmou textualmente: "A casa está arrumada".
Quem a desarrumou em tão poucas semanas? Ou era tudo mentira?
Em meio a tantas interrogações, pelo menos uma certeza: o povo paga a conta. De novo.
Faça um Comentário