O presidente da Câmara de Mossoró, Claudionor dos Santos (PDT), admite que existe uma crise na gestão financeira desse poder. Entretanto se exime de culpa.
Segundo ele, o repasse feito pela prefeitura à Casa cumpre montante comum à legislatura passada, encerrada no dia 31 de dezembro de 2008. Estaria em torno de R$ 780 mil/mês.
– Obrigações sociais, parcelamento de compromissos que não podemos adiar, terminam restringindo bastante o uso dos recursos da câmara – justifica Claudionor, reconhecendo que existem atrasos quanto a pagamento a cargos comissionados, convênios etc.
Ele atesta que sua administração tem procurado melhorar o funcionamento desse poder, tornando-o mais ágil, acessível e eficiente, mas o tempo até aqui não foi o bastante para a plena eficiência.
– Nós estamos reivindicando o que temos direito à prefeitura e ao mesmo temos procuramos resolver as pendências. Tudo está sendo levantado para ser solucionado – Garantiu ao Blog.
Todos sabemos que a nossa democracia se funda na isonomia e na harmonia entre os três poderes constituídos da república e com apreensão assistimos o chefe de um desses poderes no Município, no caso o Legislativo, admitir singelamente que as dificuldades que vem enfrentando para fazer funcionar a casa dos vereadores, inclusive com atraso de salário dos servidores, se deve em razão do Executivo não repassar o que seria devido à Câmara. Isso, dito pelo Senhor Presidente, sem demonstrar qualquer constrangimento ou inconformismo com a situação. Por essas e outras, se questiona o papel desempenhado pela Câmara Municipal nos últimos anos. Pra que serve mesmo esse poder? Fiscalizar o Executivo? …
Claudionor disse que “tem procurado melhorar o funcionamento desse poder, tornando-o mais ágil, acessível e eficiente”. Quantas palavras bonitas, mas sabemos que tudo isso é puro fingimento. Engana, Claudionor, que os eleitores gostam…