Parece brincadeira, mas não é. Outra da Câmara de Mossoró, ainda quentinha.
Foi reinaugurada agora pela manhã a sala denominada de "Telecentro", no térreo do prédio-sede da Casa.
Até aí, tudo bem.
A surpresa para quase todos os presentes, é a homenagem que o presidente Claudionor dos Santos (PDT) resolveu prestar à prefeita Fátima Rosado (DEM), sem consulta aos demais pares.
A placa alusiva à reinauguração denomina o espaço (com equipamentos de informática) de "Prefeita Fátima Rosado".
O episódio é carregado de embaraços.
Primeiro – Acontece uma "desomenagem" ao ex-vereador Expedito Mariano, o "Expedito Bolão". Antes, a sala tinha alusão a seu nome;
Segundo – Os demais vereadores não foram alertados sobre a mudança ou convocados à discussão;
Terceiro – Há poucos meses a Câmara de Mossoro foi palco de debate, porque proposição do vereador Jório Nogueira (PSB) dava à Praça da Convivência o nome de "Governadora Wilma de Faria" do PSB.
Homenagear a prefeita, pode? Homenagear a governadora não pode?
A proposta de Jório teve rejeição porque a prefeita Fátima Rosado alegou que não poderia ocorrer a lembrança de alguém ainda vivo, num equipamento público. Mas ela ser exaltada, pode?
A menos que o vereador Claudionor dos Santos, inconscientemente, tenha percebido que "Fafá" é uma prefeita morta-viva. Existe, mas ninguém a percebe como tal.
Daí veio a louvação. Ou canonização, sabe-se lá.
Como pode alguém ser tão ingênua ao ponto de cometer o mesmo erro o qual tinha criticado na forma da lei maciçamente? Lei federal proíbe título em prédios públicos com o nome de pessoas que não tenham morrido. Não parece ser o caso da prefeita Fafá Rosado. Ao mesmo tempo, peço aos ilustres vereadores da situação os quais foram a favor qeu tratem de consertar o nome do tele-centro, que não pode se sobrepor a uma lei federal Aliás,infelizmente o Ministério Público da urbe não está apertando o cerco e cobrando a retirada do nomes de pessoas vivas dos locais públicos da cidade mossroense