Por Carlos Santos
Preso no sábado (7) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR), onde passou a cumprir pena de de 12 anos e 1 mês de prisão pela condenação no caso do triplex em Guarujá (SP), o ex-presidente Lula da Silva (PT) é uma força política desmedida – solto ou encarcerado.
Ele encarna um papel sem cópia no lulismo, movimento político tipicamente brasileiro que mesmo assim não pode ser caracterizado como original e incomum, quando o tratamos sob a ótica da ciência política e da sociologia, por exemplo.
Mestre da retórica, ou seja, da arte da eloquência, Lula representa o que o filósofo alemão Max Weber trata por força da “dominação carismática”, um poder de “caráter autoritário e imperativo”, irradiado pelo fascínio que exerce sobre a massa-gente.
Como ele, não faltam outros personagens com características parecidas no Brasil e no mundo, através dos tempos. Germinam principalmente em períodos de instabilidades político-sociais e anemia institucional, com essência no populismo, culto à personalidade e messianismo.
Lula tem entre seus eleitores uma multidão de devotos, sequazes e fanáticos, massa comum a esse modelo de relação que caracterizou o “peronismo” na figura de Juan Perón na Argentina, entre 1946 e 1955 e de 1973 a 1974; Getúlio Vargas, e o “getulismo”; Benito Mussolini, na Itália fascista da primeira metade do século XX; Antônio Conselheiro e seu Arraial de Canudos no sertão baiano do século XIX etc.
Todos eles falavam, como Lula, para um universo que era catequizado para ter um guia e não um representante formal. O “povo”, nos discursos demagogos e manipuladores, sempre aparece como uma razão quase divina do líder, regente de sua história.
O “não-povo” é todo aquele que não crê e não o incensa. É todo aquele que se põe longe, fora ou em conflito com essa aura mítica. O Estado é personificado no que pensava o monarca Luís XIV na França imperial: “Sou eu”. Pode tudo em suas mãos.
O lulismo, ou o “lulupetismo” – como se define depreciativamente a era Lula-PT, não vai ser riscado do mapa com o xilindró do líder. Pode até recrudescer mais ainda essa paixão coletiva, alimentada pela vitimização fática ou laboratorial do ex-líder sindical.
Ninguém espere também um substituto para Lula nas urnas ou mais adiante. Ele é espécime raro.
Primeiro, porque nada nasce ou cresce em torno de gente com seu perfil, a ponto de eclipsá-lo. Segundo, porque essa troca não obedece a qualquer alteração formal e ritualística, como se faz numa convenção partidária.
Cada senhor de dominação carismática e populista tem seu tempo e lugar na história; seu legado será sempre discutido e discutível.
PRIMEIRA PÁGINA
Ex-deputado Laíre Rosado tem rotina de apoio a outros detentos – Preso (veja AQUI) desde o dia 22 de março último no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Apodi, o ex-deputado federal, bacharel em direito e médico Laíre Rosado tem-se adaptado à rotina prisional e revelado enorme capacidade de convivência com os demais detentos. Revela-se até bastante útil à comunidade carcerária, no exercício de seus conhecimentos de medicina. Ao mesmo tempo, pleiteia sua liberdade através de instrumento de apelação judicial.
Filha de Zenaide Maia seguirá “renovação” da política do RN – Mada Calado Maia, que até bem poucos dias era titular da Secretaria Municipal de Assuntos Extraordinários da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, segue a receita uterina das “mudanças” e “renovação” na política do RN. Será candidata a deputado estadual pelo PT, enquanto sua mãe – deputada federal Zenaide Maia – concorrerá ao Senado pelo PHS. Além disso, seu tio João Maia (PR) tentará voltar à Câmara Federal. Outro tio, Agaciel Maia (PR), é deputado distrital em Brasília.
Deputados podem não viabilizar registro de candidatura – Fiquemos atentos à marcha burocrática das candidaturas à reeleição dos deputados estaduais Ricardo Motta (PSB), Dison Lisboa (PSD) e José Adécio (DEM). Os três têm seriíssimos problemas judiciais que podem gerar comprometimento de registro de candidatura à reeleição. Anote.
Os argumentos e a botija do crescimento do PSDB/RN – Com oito deputados estaduais, o PSDB do RN experimenta um crescimento exponencial e de difícil compreensão para leigos e até gente conhecedora da política. Tantos candidatos à reeleição estariam apostando em quê? Tem quem diga que o presidente da sigla e da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, possui muitos argumentos e uma “botija” para convencer políticos tão experientes de que não estão entrando numa furada.
Segundo turno à vista – Com a concorrência de pelo menos três ou quatro chapas ao Governo do RN, com boa capacidade de votos, é mais do que previsível a realização do pleito em dois turnos. Sob essa ótica, é que o governador Robinson Faria (PSD) trabalha, sob a crença de que um nome no segundo turno será o seu. Em 2014, ele perdeu o primeiro para Henrique Alves (MDB), mas levou de arrastão o segundo.
Galeno Torquato x Raimundo Fernandes – Os deputados estaduais Galeno Torquato (PSD) e Raimundo Fernandes (PSDB) fazem duelo à parte na campanha deste ano. Ambos tem São Miguel no Alto Oeste como berço político, mas espraiaram apoios por outras regiões. No pleito de 2014, Galeno estreou na disputa com 63.286 (3,82%) votos, sendo o segundo mais votado. Mas deve ter uma queda expressiva nesses números em 2018. Raimundo empalmou 35.333 (2,13%) votos e foi o 18º mais votados entre os eleitos. Parte para seu nono mandato.
Um vice para Carlos Eduardo Alves – A candidatura ao governo estadual de Carlos Eduardo Alves (PDT), que renunciou ao cargo de prefeito do Natal no final de semana, pode ter um nome indicado pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP) a vice. A ideia é fechar chapão com força nos dois maiores colégios eleitorais do estado.
Geraldo Melo é cogitado para lugar de Agripino – Nos bastidores da política, em Natal, já se conversa a possibilidade de deslocamento do senador José Agripino (DEM) para chapa à Câmara Federal. Em seu lugar, entraria o ex-senador Geraldo Melo (PSDB), tendo o empresário Haroldo Azevedo (PSDB) como primeiro suplente. Garibaldi Filho (MDB) seria mantido como candidato à reeleição ao Senado, tendo Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB, pai do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira Filho-PSDB) como primeiro suplente.
Rosados podem repetir disputa familiar de 2014 – Se em 2014 o clã Rosado se fracionou em três candidaturas à Câmara Federal, para 2018 a corrida eleitoral na família talvez aconteça num patamar mais abaixo: Assembleia Legislativa. Larissa Rosado (PSDB), Kadu Ciarlini (PP) e Fafá Rosado (PSB) podem concorrer a uma vaga no parlamento estadual. Em 2014, Fafá, Sandra Rosado (PSB, hoje no PSDB) e Beto Rosado (PP) disputaram espaço na Câmara Federal, mas só esse último se elegeu.
Três pré-candidatos ao governo e um destino – Os três primeiros pré-candidatos ao governo do RN que surgiram ano passado não prosperaram as intempéries da pré-campanha: desembargador Cláudio Santos (sem partido), empresário Tião Couto (PR) e vereadora grossense Clorisa Linhares (Solidariedade) figuram nessa lista.
EM PAUTA
Sérgio Oliveira – O jornalista Sérgio Oliveira mergulha de vez no universo forense. Está instalado com escritório no Oásis Center, Avenida Alberto Maranhão, Centro de Mossoró, Sala 79-B, no 1º andar. Bom demais, Serginho. Depois apareço por aí.
Simpósio – O Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque da Universidade do Estado do RN (UERN), em Pau dos Ferros, vai sediar entre 17 e 19 de abril, o Simpósio Internacional de Ensino e Culturas Afro-brasileiras e Lusitanas (I SINAFRO).
Instituto Oral Clínica – Será nessa terça-feira (10), às 19h, a inauguração do Instituto de Ensino e Pesquisa Oral Clínica, com realização de workshop sobre Gestão e Mercado em Saúde, seguida de um coquetel. Ocorrerá na Rua Doutor João Marcelino, 450, Santo Antônio, Mossoró. O objetivo da instituição é a qualificação profissional de excelência para as diferentes áreas da saúde, sobretudo a nível de pós-graduação, iniciativa dos odontólogos Ney Robson e Kátia Maia.
Reeleição – A professora Marlúcia Barros Cabral foi reeleita para direção do Campus da Universidade do Estado do RN (UERN), em Assu, na sexta-feira (7).
Voos – A Azul Linhas Aéreas, após inspeção no Aeroporto de Mossoró à semana passada, conclui relatório sobre condições para uso comercial desse equipamento. Intenção é de promover pelo menos três voos semanais (segunda, quarta e sexta-feira), no horário vespertino. Isso poderá acontecer a partir de junho.
Casa Centelha – A tradicional empresa Casa Centelha de Mossoró abriu seu show-room recentemente no Santo Antônio, próximo ao Serviço Social do Comércio (SESC). Mas evitou qualquer evento de inauguração.
SÓ PRA CONTRARIAR
O verde-oliva voltou a ser uma cor presente em Brasília.
GERAIS… GERAIS… GERAIS
Anote aí o fone e email do “Palhaço Pitanga”, que nos garante: é atração perfeita para aniversários infantis em Mossoró: migo38a@hotmail.com e (84) 9.8638-3389. Recado dado.
Chuvas nos últimos dias tem fortalecido sobremodo a crença no inverno no estado. Regiões mais castigadas do RN como Oeste e Seridó estão com excelentes chuvas e as imagens se multiplicam na Internet, como a sangria do Açude Público de Riacho da Cruz.
Obrigado à leitura do Nosso Blog a Joel Canela (Felipe Guerra), Wilana Dantas (Caicó) e Magnólia Maria da Rocha Melo (Mossoró).
Veja a Coluna do Herzog da segunda-feira (02/04) passado, clicando AQUI.
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Cada dia que passa mais aumenta meu desapreço pela Direita e diminui meu apreço pela Esquerda.
. Jornalista Carlos Santos. Sobre Lula, perfeito. Não sei qual o trecho mais brilhante. A verdade é que Lula é tudo isso e muito mais. É o que vemos nos sábios da literatura estrangeira: a descrição irretocável de seu perfil. Figura mais do que um Apóstolo para o povo. É Messias, de poderes divinos. Quem o ama, idolatra.
Não sei se em algum tempo de sua vida, teve boas intenções.
O poder corrompe. Ah! o poder, aquilo que provado há de ser degustado para sempre. Torna-se uma doença que contamina com facilidade. É a bactéria hospitalar.
Então, não sei se degradou-se ou se já veio degradado.
Sei que a ganância, não só a dele como a de muitos outros políticos, atingiu um nível incalculável. Não sei mensurar aquelas quantias. Demais para o meu nível matemático.
As Misses, em seus discursos, costumavam apontar “O Pequeno Príncipe” como leitura favorita. A escolha ficou repetitiva e alvo de simetria intelectual sem grandes escolhas.
Pois, caio nele, no Pequeno Príncipe, para dizer que Lula não foi responsável por aquilo que cativou. E cativou muito! Um povo sem chances de desenvolvimento por eleger líderes toscos, um povo de terra rica e mal aproveitada. Corpo do governo indicado por partidos, não pela capacidade.
Jornalista Carlos Santos, meu bom amigo. Fico até constrangida de me manifestar depois de sua inteligência. É quase covardia. Só não me acanho porque tenho orgulho de você
Esse é o Laíre que conheço . Não me espantaria se ele curasse todos os demais detentos que serão beneficiados com a presença dele. Excelente médico. E vai tratar das famílias dos presos que contarão seus males e ele vai medicar. Aposto nisso.
. Jornalista Carlos Santos. Sobre Lula, perfeitos TCC. Não sei qual o trecho mais brilhante. A verdade é que Lula é tudo isso e muito mais. É o que vemos nos sábios da literatura estrangeira: a descrição irretocável de seu perfil. Figura mais do que um Apóstolo para o povo. É Messias, de poderes divinos. Quem o ama, idolatra.
Não sei se em algum tempo de sua vida, teve boas intenções.
O poder corrompe. Ah! o poder, aquilo que provado há de ser degustado para sempre. Torna-se uma doença que contamina com facilidade. É a bactéria hospitalar.
Então, não sei se degradou-se ou se já veio degradado.
Sei que a ganância, não só a dele como a de muitos outros políticos, atingiu um nível incalculável. Não sei mensurar aquelas quantias. Demais para o meu nível matemático.
As Misses, em seus discursos, costumavam apontar “O Pequeno Príncipe” como leitura favorita. A escolha ficou repetitiva e alvo de simetria intelectual sem grandes escolhas.
Pois, caio nele, no Pequeno Príncipe, para dizer que Lula não foi responsável por aquilo que cativou. E cativou muito! Um povo sem chances de desenvolvimento por eleger líderes toscos, um povo de terra rica e mal aproveitada. Corpo do governo indicado por partidos, não pela capacidade.
Jornalista Carlos Santos, meu bom amigo. Fico até constrangida de me manifestar depois de sua inteligência. É quase covardia. Só não me acanho porque tenho orgulho de você
NOTA DO BLOG – Estou vigilante, muito atento mesmo, ao meu lado cabotino. Não é fácil.
Obrigado por suas palavras.
Abração.
Ao contrário do que o eminente Blogueiro e jornalista interpreta, sob as luzes do processo histórico à par do seu olhar crítico possível. Jamais a luta pela igualdade será encarcerada, muito muito menos as idéias dela decorrentes, mormente do seu representante mor em nosso pais, o qual, encarcerado/preso e (ou) morto continuará, queriam ou não, continuará influenciando decisivamente os rumos do nosso país, país esse, potencialmente o mais rico do mundo, porém, em função desse modo de pensar escravocrata e entreguista, ainda comporta um país miserável e mais ainda, de fato, um estado colonial em pleno século XXI.
Tanto que a imprensa internacional, deveras, repercute o fato da prisão do LULA DA SILVA, não como uma luta contra a corrupção, tão somente como aqui é ilusoriamente apregoada pela grande imprensa somada aos seus conhecidos satélites. Muito menos o noticiário impresso e (ou) televisivo esterno é conduzido sob o signo do ódio e da propaganda e forma de notícia.
Nesse contexto, as comemorações que praticamente invadiram as redações dos Jornais Televisivos e induvidavelmente de alguns Blogs, Jornais e revistas, os quais ainda vivem na idade média, com características de orgasmos publicitários e propagandísticos em forma de notícia, passa ao largo da ponderada e crítica atuação da imprensa estrangeira, tendo esta, um claro viés informativo quanto ao estado de exceção, basicamente caracterizado como uma canhestra LUTA/LUPA que é a VAZA JATO, a viabilizar a chamada persecução penal direcionada e mais ainda seletiva com relação à partidos de esquerda juntamente com seus líderes.
Ao contrário do que aqui não é noticiado, e claro, se verifica, novamente a repetição da omissão como forma de censura estratégia editorial, por parte exatamente daqueles canalhas, que, quando se propõe o debate sobre controle social da imprensa, bradam cinicamente a palavra …CENSURA.
CENSURA essa, que eles os donos da palavra escrita e falda nesse país, de fato sempre convenientemente exercitam e exercitaram ao longo da nossa triste e repetida história construída por imprensa mórbida e alheia aos interesses do conjuntoda sociedade brasileira.
Ao contraio da imprensa em que os Jornalistas, tal e qual lacaios, bajulam os patrões como meio e modus de preservarem seus empregos e privilégios da meia dúzia de sempre. Com relação a LULA, este recebe da mídia internacional, deveras e real solidariedade do mundo inteiro. O mundo manifesta sua repulsa à agressão jurídico-midiática perpetrada contra ele.
No estrangeiro, Lula é considerado um prisioneiro político que foi encarcerado não por crimes que não cometeu, mas pelas suas ideias e pela obra civilizatória e humanitária que executou como Presidente do Brasil em favor do povo pobre e que, por isso, deve ser duramente castigado.
Ao desfechar um dos seus lances principais, o golpe sofreu um baque não contabilizado: está sendo cada vez mais contestado e desmoralizado, em escala planetária.
Em todos os cantos do planeta surgem manifestações de solidariedade a Lula pelo atentado que a Lava Jato, a pf, procuradores, juízes, stf, Globo & mídia perpetraram contra ele.
Para os próximos dias, organizam-se protestos em frente às embaixadas do Brasil em vários países de todos os continentes.
O Brasil finalmente retornará ao noticiário internacional, mas não pelos seus atributos maravilhosos e pela sua relevância geopolítica dilapidada em pouco mais de 18 meses, mas como Estado-pária no qual a classe dominante espezinha a Constituição.
A imprensa, mesmo a conservadora, não encontra outro adjetivo para caracterizar a prisão do Lula senão como um ato de violência e de arbítrio que atenta não somente contra o próprio Lula, mas contra o Estado de Direito e a democracia.
O Brasil é visto no mundo como de fato é: um regime de exceção que avança para o fascismo – por isso os olhos apreensivos do mundo se voltam para o Brasil.
Os fascistas, em sua tresloucada uta permeada de ódio e intolerância, tão somente avançaram uma jogada no tabuleiro, na ilusão de um passo adiante do golpe e da consolidação ditatorial, mas o efeito poderá ser o contrário. O arbítrio está cada vez mais desnudo – tanto internamente como no exterior.
Como diria o Cientista Político João Cláudio fascista de Plantão…É FATO….É FATO, E É FATO….!!!
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Segundo o XERIFE/JUIZ, SR. SÉRGIO PARANHOS FLEURY MORO juntamente com os DESEMBAGRINHOS DE PORTO ALEGRE, somados aos PROCURADORES DALANHOIS DA VIDA(àqueles que acham o que querem), diretamente da masmorra/doicodiana curitibana. Informamos para os devidos fins de direito que, a partir do DIA 09 DE ABRIL DE 2018, não existe mais corrupção no Brasil…!!!. Graças, claro, após o nosso heróico trabalho que redundou na prisão do único culpado em inventar e disseminar esta chaga, agora induvidável e devidamente curada, vez que o Sr. LULA DA SILVA, ESTÁ PRESO…!!!
AGORA SIM …CORRUPÇÃO NUNCA MAIS…!!!
Nesse contesto, peço licença aos ilustres/ilustríssimos e ecléticos Web-leitores, eleitores do Blog Carlos Santos, para, transcrever do Conversa Afiada texto agudo e lúcido texto do professor Luiz Gonzaga Belluzzo:
O julgamento de Lula e as preciosas ridículas do prof. Belluzzo
Essa “gente” tem mesmo é que morrer na Senzala!
publicado 09/04/2018
Pobre Democracia
Foram assustadoras as arengas da ministra Rosa Weber e do ministro Luís Roberto Barrosos na sessão do Supremo Tribunal Federal incumbida de julgar o habeas corpus do ex-presidente Lula. Os argumentos deambularam entre o empirismo grosseiro de Barroso e o instinto de manada de Rosa Weber.
Não digo má-fé porque a esses fâmulos da retórica bacharelesca faltam conhecimentos elementares acerca das forças que hoje mobilizam as frações conservadoras e autoritárias da sociedade brasileira. O tumor que ora se expande na alma dos Senhores da Terra e de seus beleguins remediados é genético, originário do DNA colonial e escravagista que não admite qualquer ousadia dos subalternos na busca da maior igualdade.
Essa marca da vida social brasileira é chocantemente óbvia e escancarada. Esse estigma resiste a todos os disfarces que os liberais- autoritários simulam com o propósito de esconder suas hipocrisias.
Os trogloditas brasileiros acumulam no inconsciente a herança dos pensadores liberais. Mandeville, por exemplo, tinha horror a qualquer intervenção legislativa do Estado destinada a proteger “aquela parte mais mesquinha e pobre da sociedade”, condenada a desenvolver um “trabalho sujo e digno de escravos”. Recomendava enfaticamente que fossem obrigatórias para pobres e iletrados a doutrinação religiosa e a frequência à Igreja aos domingos. “Essa gente” deveria, além disso ser impedida de participar de qualquer outro divertimento no dia do Senhor.
Locke recomendava uma vigorosa ação do Estado em relação à chusma de vagabundos e desempregados. Esta rafameia deveria ser internada, para recuperação, em workhouses, verdadeiros antecessores dos campos de concentração. O grande Alexis de Toqueville indignava-se com as tentativas demagógicas dos trabalhadores de reduzir a jornada de trabalho, uma interferência indevida na liberdade de contratação entre patrões e empregados, mas não trepidava em exigir severas limitações ao afluxo da população do campo para as cidades.
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Carlos, em relação a sua análise sobre o fenômeno Lula acrescentaria que tal não aconteceria se a população mais carente de prestações estatais fosse melhor atendida nas suas necessidades e vivesse em uma sociedade que a garantisse maior respeito e dignidade. Num país tão desigual como o Brasil, a ascensão de uma figura carismática como Lula, dotada de enorme capacidade de conexão, torna-se algo mais possível. Tanto quanto a solidez das igrejas. Basta observar que nos países que contam com mais altos índices de IDH e igualdade social, as igrejas tem pouco espaço, bem como não se encontram políticos como o Lula, ou como as oligarquias que conhecemos por aqui. Não é a ignorância que leva as pessoas a fazerem de Lula um herói, mas sim a necessidade. É a percepção de que com ele pôde-ser ter alguma coisa.
Podem chamar de Massa-Povo, do que for. O fato é que a desigualdade com que a justiça trata a direita e a esquerda no Brasil é visível internacionalmente. Quem acompanha Le Monde, Deutsch Welle, BBC, Washington Post, etc, fica abismado com os xingamentos dos que “não são massa-povo” brasileiros dirigem aos jornalistas e aos países quando escrevem qualquer matéria que levante suspeitas sobre como a justiça é conduzida unilateralmente aqui para perseguir apenas o PT.
Eu nào ia não, mas depois de tanta demonstração de totalitarismo e ódio pela “não massa-povo” que vota em traficantes e fascistas, esse ano eu voto em quem o homem mandar. Esse ano minha hashtag é #Poste2018, sem medo de ser feliz.
Meu caro Pedro Victor, paciência, só um pouquinho de paciência, o redemoinho patético redemoinho persecutório realizado sistematicamente e de tempos em tempos pela extrema direita quando do suposto combate à corrupção dos outros. Já é de todos conhecido, inclusive pelos seus sequazes, covardes e venais colaboradores, seja do judiciário, do grande empresariado, das nossas ditas forças armadas e da imprensa, assim mesmo, pode ter efeito contrário quando da abertura das urnas.
Quem conhece um pouco, um pouco que seja da nossa história, lembra do Getúlio Vargas, do Juscelino Kubitshek, do João Goulart, bem como das insurreições e dos golpes de Estado e suas marcadas e demarcadas tentativas ocorridas, exatamente em períodos, nos quais o povo tinha de parte de quem ocupava o poder institucional da Presidência da República Federativa do Brasil, um minimo de olhar inclusivo em direção aos pobres, e, conseqüentemente passa entender perfeitamente o porquê do atual momento político, jurídico e institucional vivenciado
Claro que os neolibelês/udenistas da vida à serviço da Casa Grande daqui e de alhures, na falta de votos, como sempre, advogam a volta à idade média com seus asseclas, vassalos e capatazes no comando, porém nada como tempo pra apaziguar certas mentes doentias e fazer com que gradativamente a razão se restabeleça.
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.