Reconheçamos: não tem sido fácil ser polÃtico no Rio Grande do Norte.
É um ofÃcio árduo, que exige capacidade de contorcionista, memória mnemônica e às vezes considerável dose de desfaçatez.
Nem me refiro ao dinheiro, o chamado poder economico, ou à força demolidora da "máquina pública", quase onipotente.
Trato do esforço pessoal mesmo, aquele quase sobrenatural e inorgânico.
Alguns candidatos precisam andar com pelo menos duas ou três camisas com cores diferentes na mala, além de discurso para cada cidade e palanque.
Existem situações que beiram o surreal, à quintessência do equilibrismo à sobrevivência.
Veja o caso do senador e candidato à reeleição Garibaldi Filho (PMDB).
Em Mossoró, ele está dos dois lados do clã Rosado, mas em palanques distintos; cores, gestos e discurso diferentes. Se anda com um, esconde-se do outro.
Deve dar um trabalhão. A começar pela escolha da camisa.
E nas pesquisas, o senador Garibaldi Alves está em primeiro lugar. É como certas mulheres que só gostam de homem ruim.
Isso é muita falta de vergonha na CARA! Cuidado Cara Pálida!
À quem se interrogar, respondo ? Com a camisa do pijama, vestimenta que indica o lugar para onde serão recolhidos todos os pérfidos e hipócritas.