Rodou, rodou, rodou e desabou em Mossoró a crise política entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e o prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB). Coube a infantaria da governante se apressar em criminalizar alguém, pela escassez e falta da D2 (segunda dose) de vacina Covid-19 em solo mossoroense, escudando Fátima. E, por analogia, reforçando erros ou hipotéticas falhas do executivo de Natal.
Na quinta-feira (22) e sexta-feira (23) passadas, em entrevistas a importantes programas e canais de comunicação como o Jornal da Tarde (Rádio Rural) e Cenário Político (TV Cabo Mossoró), a vereadora Marleide Cunha (PT) avaliava a gestão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) como boa, em especial na Saúde. Era justamente o combate à pandemia da Covid-19, segundo ela, esse destaque.
– Ele (Allyson) está indo bem, está enfrentando bem os desafios da pandemia; vacinação está fluindo, não estamos perdendo tempo com vacina estocada (…). A gente não tem o que criticar – disse Marleide, textualmente, ao Cenário Político do dia 22 (quinta-feira) – veja AQUI e no boxe acima. Na sexta-feira no Jornal da Tarde, a mesma análise.
No domingo (25), a vereadora surtou. Com a eclosão pública do problema da falta de vacina, ela mudou radicalmente o discurso e a apreciação dos fatos. Orientação vinda da Governadoria levou Marleide a culpar o prefeito e a “falta de planejamento” pelo problema. Saiu de cena aquela vereadora moderada e sensata, para entrar no palco a militante que cumpre ordens cegamente.
Importante assinalar, que nesse período de tensões com a pandemia, Alysson topou o alinhamento com medidas restritivas adotadas por Fátima, mesmo pontualmente pensando diferente. Inclusive, conversou diretamente com vários prefeitos, defendendo necessidade desse esforço comum.
Assumiu desgastes com setores produtivos em Mossoró, sem bônus algum e sem compor sistema político de Fátima Bezerra. Não quis jogar para a “plateia”, como parece ser o caso de Álvaro Dias em Natal com atrasos há três semanas.
A comparação Natal-Mossoró que o PT, Marleide e também a deputada estadual Isolda Dantas (PT) tentam fazer, é um mero exercício politiqueiro, sem pensar no todo. Em questão de horas, ambas mudaram de opinião.
Imprescindível passou a ser blindar a governadora, principalmente após pesquisa recente veiculada no final da semana passada, em que o prefeito apareceu com estonteante aprovação em Mossoró.
A mudança do petismo não levou em conta nada além de proteger a Fátima Bezerra e cálculos para 2022. Em momento algum se parou para pensar, por exemplo, na necessidade de se continuar a vacinação. Em tese, essa deveria ser a prioridade.
Rosadismo e rosalbismo
A pressão político-partidária e social para se utilizar a segunda dose da CoronaVac também fez parte do arsenal do rosadismo e do rosalbismo. Botou sua tropa amestrada para culpar o prefeito, insinuando até que o município não o utilizava àquele momento, por pura ‘maldade’.
O vereador Francisco Carlos (PP) empunhou bandeira para uso da reserva técnica. Veja no print abaixo (dia 1º de abril) uma de suas postagens. A vereadora Larissa Rosado (PSDB) foi outro nome a advogar essa tese, cobrando o prefeito. Em redes sociais, militantes foram ao ataque de forma orquestrada, jogando opinião pública contra Allyson Bezerra.
Agora, muitos dos que adotaram essa posição de ataque, calam-se. Fazem pose de estátua.
Outros, acabam adotando o discurso lavrado na Governadoria, como se fosse um memorando.
E tem os que apenas estão preocupados em promover o caos, espalhar cizânia e solapar qualquer coisa que possa funcionar minimamente no município. O povo que se dane.
Solução nacional virou problema
No dia 19 de março, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) mandou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e ao então indicado para o ministério, Marcelo Queiroga. Pedia que pelo menos 90% das doses da CoronaVac pudessem ser usadas para a primeira dose.
Acabaram atendidos além disso. Poderiam utilizar 100%, segundo o Governo Jair Bolsonaro. Pouco mais de um mês depois o cenário é outro.
No dia 20 de março (veja AQUI), textualmente o Governo Federal proclamou orientação a estados e municípios para que não guardassem a segunda dose. Podiam utilizá-las que não faltariam os imunizantes.
Já dia passado, segunda-feira (27), o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu preocupação com o que tinham decidido em março.
O problema vai se agravar por mais alguns dias, falou:
Leia também: Governo não tem CoronaVac e lamenta ter estimulado uso da 2ª dose.
A falta da D2 não está restrita a Mossoró e Natal. Vários outros municípios, centenas e provavelmente milhares, no país, entraram na mesma situação.
Veja outro caso dessa anomalia nacional: o município de Nova Santa Rita no Rio Grande do Sul, com pouco menos de 30 mil habitantes, queixa-se publicamente de falta de vacinas. Está com paralisação no serviço e cobra o Governo Federal pelo problema.
Em Mossoró, o culpado é o prefeito, segundo o PT e a banda Rosado da oposição.
O prefeito do município gaúcho é Rodrigo Battistella (PT), vale lembrar.
Lamentavelmente, no caso de Mossoró a politicalha ocupa o lugar da razão e da negociação elevada, como vinha ocorrendo diretamente entre o prefeito e a governadora.
Prioriza-se o sofisma.
Muda-se de opinião e joga-se a opinião pública contra A ou B, por oportunismo. Puro cinismo. Favor não confundir com “desonestidade intelectual”, eufemismo produzido nas academias para suavizar condutas de má-fé.
Agilizar vacinação, como foi feito em Mossoró, inclusive sob elogios de quem agora amaldiçoa seus responsáveis, foi diligência diferenciada – assim falavam os detratores de agora.
Leia também: Mossoró vacina 2.348 pessoas, mas não tem estoque à 2ª dose.
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Em Mossoró, ficou claro a preferência do pt pelo rosalbismo.Os debates mostravam claramente.
Receberam ordens sem sombra de dúvidas.
O Brasil, nordeste e Rio Grande do Norte produzem vacinas próprias?
É nítido que o que essa turma faz é colocar os interesses partidários acima do interesse público. O cinismo dessa gente é absurdo. Claro, eles tem o seus súditos! Estes sempre tentam justificar as atitudes dos seus ídolos, e, além disso, ainda chamam quem faz o mesmo com outro politico de gado. Hoje está sendo a vacina, mas a coerência sempre esteve em falta em terras tupiniquins.
O perfil adotado pelo PT encabeça a lembrança do coronelismo tão criticado pela sigla. Quem diria né? Como relatou o editor, quem não ler na cartilha da sede do centro administrativo em Natal prova da chibata. Recomendo a leitura Coronelismo, enxada e voto, talvez seja mera semelhança.
Erros a parte me parece fugir da responsabilidade direta dos gestores, agora o discurso de quem mais fez fica feio, portanto, assumam os riscos de quererem estar na vitrine o tempo todo, pois o momento requer outra postura e com certeza não é essa adotada nem pela chefe do governo estadual, nem do município de natal e tampouco de Mossoró.
Como é que o governo federal vai repassar vacinas para estados e municípios se o governo chinês que tanto o PT venera não enviou insumos para a fabricação da vacina?
VAI-TE
NOTA DO BLOG – Homem, assim você vai virar jacaré pelas bandas do Vingt Rosado.
Cuidado!
Abraços