Da Revista Você RH
Em 2015, a fabricante de cosméticos Avon crescia menos do que havia planejado no ano anterior. Sem poder repassar os custos para os produtos e, consequentemente, aos consumidores, ao mesmo tempo em que a inflação alta balizaria o aumento salarial dos funcionários, a empresa levou a seguinte questão aos 1 800 colaboradores do seu centro de distribuição em Cabreúva, o maior da empresa do mundo, a 80 quilômetros da capital paulista: como reduzir custos e ganhar produtividade?
“Apesar de a unidade trabalhar com padrões de qualidade e produtividade muito altos, sabíamos que podíamos ser mais eficientes”, diz a vice-presidente de recursos humanos Alessandra Ginante.
“Deixamos claro para os funcionários que nossa intenção era preservar os empregos e nos abrimos para construir soluções em conjunto.”
Durante nove meses, a Avon realizou reuniões com empregados e dirigentes sindicais. Em setembro de 2015, a convenção coletiva previa não somente o aumento salarial de 10,33% como também a concessão de cestas básicas e o aumento da jornada de trabalho semanal em quatro horas. “O que se vê, normalmente, são conversas para aumento salarial com redução da jornada. Aqui, aumentamos as horas trabalhadas com o apoio dos nossos funcionários”, diz Alessandra.
A solução
Inaugurado em 2011, o centro de distribuição da Avon em Cabreúva tem cerca de 300.000 metros quadrados e processa em média 6 500 pedidos de revendedoras por hora. É uma “fábrica de caixas”, como define Alessandra, com a ressalva de que “cada caixa é única porque cada revendedora tem um pedido único”. Em janeiro de 2015, quando a área de RH começou a conversar com os trabalhadores a respeito de previsões nada animadoras para o ano, a jornada de trabalho em Cabreúva era de 40 horas semanais, incluindo o expediente aos sábados.
Na prática, isso implicava seis dias por semana de custos com transporte fretado, funcionamento do refeitório, além de gastos com segurança patrimonial e ambulatório médico, entre outros.
As conversas se estenderam até setembro, envolvendo também a liderança do centro de distribuição. Ao final, o trabalho aos sábados foi eliminado, mas a jornada aumentou de 40 para 44 horas semanais, de segunda a sexta.
“Mudamos cerca de 30 processos para adequar a operação a cinco dias por semana”, conta a executiva. Para isso, foram criadas sete frentes de tarefas, com cerca de 50 colaboradores diretamente envolvidos, que se reuniam semanalmente. A contrapartida foi a concessão de cesta básica no valor de 150 reais. “Era um pedido antigo dos colaboradores, assim como a folga aos sábados”, diz Alessandra.
O resultado
O objetivo inicial da Avon era proteger os empregos em um ano difícil. De quebra, a empresa ainda conseguiu garantir maior qualidade de vida aos seus funcionários. “Os colaboradores mostraram uma disposição enorme em ajudar”, diz Alessandra.
A executiva não revela o valor economizado, por questões estratégicas do negócio, mas destaca a redução do custo operacional, já que o transporte fretado e o refeitório, por exemplo, agora funcionam cinco dias por semana, em vez de seis. Além disso, o aumento da jornada semanal de trabalho contribuiu para um crescimento de 10% na produtividade, desde setembro.
“No último trimestre do ano normalmente temos que contratar funcionários temporários em função da maior demanda. Dessa vez, isso não será preciso”, diz Alessandra. Mais importante ainda é o fato de que os 1.800 funcionários de Cabreúva aprovaram o acordo junto ao sindicato — e ninguém foi demitido.
“A ameaça da crise era real, com pressão mais forte no centro de distribuição, que produz para a entrega imediata de pedidos às revendedoras. Mas conseguimos manter os empregos, demos folga aos sábados, não cortamos nenhum benefício e ainda acrescentamos a cesta básica”, diz a executiva.
Agora a Avon se prepara para levar o modelo aos cerca de 1.000 funcionários de seus outros dois centros de distribuição, na Bahia e no Ceará.
Ouviu os funcionários, aceitou sugestões. Não tomou decisões de cima para baixo.
Na administração pública o mesmo pode ser feito.
MAS A VAIDADE IMPEDE!
E como a conta quem paga é o povo…
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OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS EM BREVE. AGUARDEM!
TUDO PODE ESTAR POR UM SEGUNDO.
A presidente PTralha, formada em economia, não sabe fazer o mesmo, ou, não o faz para preservar o cabidão de cargos comi$$ionado$. Passam dos 100 MIL e significam mais UM MILHÃO de votos, ou mais.
A Avom, assim como milhares de empresas buscam uma saída, enquanto que a PTralha afunda o barco cada vez mais.
”FICA DILMA”. Se tu sair estraga a fe$ta.
Que sirva de exemplo a outras empresas e aos sindicatos.
Gestão com sabedoria. Um conjunto de fatores: criatividade, comunicação, humildade, concessão, compreensão, como resultado uma empresa que cresce e os empregados que se mantém no emprego.
Um grande exemplo.