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domingo - 27/06/2021 - 10:40h

Como será a eleição de 2022?

Por Ney Lopes

O objetivo do texto não é prever nomes quem ganhem, ou que percam na eleição de 2022. Até porque, a tese é que a essa altura, ninguém poderá ter a mínima certeza de sucesso, ou derrota.

O tema central é que o processo eleitoral brasileiro de 2022 será tão imprevisível, quanto estão sendo as pesquisas cientificas de cura da Covid 19.Plenário do Senado - Agência SenadoHá sinais concretos de que o eleitor a cada dia se torna mais esclarecido. Se interessa em acompanhar os temas locais, nacionais e até internacionais.

As mídias sociais mostram isto.

O nível de conscientização aumenta, mesmo que não haja ainda uma consciência crítica capaz de filtrar propostas e intenções dos candidatos.

Mas, existe certa rebeldia misturada com indignação, que leva o cidadão mais simples a dizer, que o voto é dele e votará em quem quiser.

Esse processo de “libertação do voto” sofrerá muitas limitações pela vigência de evidentes falhas da legislação político, partidária e eleitoral do país.

Não se admite, por exemplo, a vigência da autonomia partidária, que a Constituição de 88 concedeu aos partidos políticos.

Em nome de não transformá-los em cartórios, entregou-os de mãos beijadas como propriedades privadas dos seus dirigentes, que não se renovam.

São “patotas” eternizadas no comando das siglas. Até o Presidente Bolsonaro não consegue romper o cerco e tem dificuldade de uma legenda para disputar a reeleição.

Os partidos teriam que ser reduzidos, tornando mais transparente o financiamento de campanhas políticas, o que ajudaria a enfrentar a corrupção no Brasil.

Reportagem da “Folha” de agosto de 2020 mostra que o fundo eleitoral pagou empresas de dirigentes partidários e salário de parentes, amigos e políticos sem mandato

As legendas gastaram R$ 937 milhões em 2019; dos cofres públicos, praticamente sem fiscalização.

Nesse contexto, a “autonomia partidária” em vigor impede que os filiados tenham voz.

São tolhidos pelas “cúpulas”. Não podem sequer recorrer à justiça, pelo fato das decisões internas dos partidos serem consideradas “interna corportis”.

Para obter legenda e disputar uma eleição, tudo depende do “dono” do partido.

Ser inscrito, filiado, militante, não vale praticamente nada.

O candidato avulso, aquele que disputaria sem partido, existe nas maiores democracias do mundo

No Brasil, os “donos” dos partidos com mandatos no Congresso não deixam que seja aprovada essa proposta.

Mesmo diante de tantas limitações, a tendência de mudanças já manifestada em 2018 e 2020, tende a ser predominante em 2022.

O que poderá faltar serão opções para o eleitor.

Como os partidos “fecham “o lançamento de nomes e o eleitor fica sem opção e não poderá ser culpado no final.

Mas, mesmo assim, a eleição de 2022 será diferente e demonstrará maior libertação do eleitor, votando em que deseje.

Deus queira que os resultados mostrem essa evolução política.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal, professor de direito constitucional da UFRN e advogado

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Categoria(s): Artigo / Política

Comentários

  1. Maria de Fátima diz:

    As midias sociais estao deixando o eleitor mais esclarecido! Realmente! Em que mundo esse sr. Vive mesmo?

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    A essa altura o que pode ser previsto?
    Os candidatos? Quais?
    Lula com sentenças condenatórias anuladas, mas com os processos no aguardo de julgamento em outra instância. E não se pode esquecer o seu quadro de saúde, sua idade etc.
    Bolsonaro enfrentando denúncias gravíssimas, oposição falando em impeachment, e com queda de popularidade a lembrar elevador com cabo quebrado.
    Um candidato da TERCEIRA VIA para nos livrar do falso dilema, escolher o ruim ou o pior, não se mostra e tudo continua na fase de articulações.
    A essa altura o que pode ser previsto?
    Realização de eleições?
    Haja Bola de Cristal, Cartas de Terò…
    No mar de incertezas que navegamos só nos resta pedir a proteção de Deus.

  3. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    Num isso Maria de Fátima, ora o Ney Picareta Lopes de Souza, mais que ninguém ,sabe, as mídias sociais, mais precisamente os lixos sócias e, que, efetivamente levaram o EXCREMENTO MOR A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA..!!

    Claro, óbvio e ululante que o jurista REACIONARIO que votou no COISO, tenta através do seu insosso e partidário artigo, escamotear essa realidade INSOFISMAVEL.

    Mesmo por que, são exatamente as mídias sociais último refúgio e front… das batalhas do COISO, NA TENTATIVA DE PERMANECER A FRENTE DO DESGOVERNO CRIMINOSO POR ELE COMANDADO…!!!

    Um baraco

    FRANSUELDO VIEIRA DE ARAÚJO
    OAB/RN. 7318

  4. Pedro Rodrigues diz:

    Uma terceira via só tem espaço se Bolsonaro for empichado. Ponto.
    Quanto ao maior esclarecimento dos eleitores, só o fato de ainda haverem eleitores de Bolsonaro já prova o oposto.

  5. hermiro Filho diz:

    Tem gente que é um tremendo linguarudo classificando homem de bem de picareta.
    baixe a crista, homi.

  6. Maria de Fátima diz:

    Ômi de bem…só se for branco privilegiado e alienado em seus privilégios

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