As fotos que ilustram essa postagem tem um pouco de cabotinismo do editor do Blog. Ou muito.
Está implícita ou escancarada a vaidade de desfrutar da inteligência/cultura, serenidade e da amizade do “padreco” Sátiro Dantas.
À manhã de hoje, em sua sala no Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL), em Mossoró, cumpri compromisso que já tinha aprazado há algum tempo: atendi a convite seu para botarmos a conversa em dia.
Lá se foram quase duas horas ininterruptas de conversê. Entre nós, as intervenções ‘diocesanas’ de Hildegard Mota e do padre Charles Lamartine.
Sátiro Dantas – dono de uma memória privilegiadíssima – passou quase 20 dias sob cuidados hospitalares. Contudo está aí: firme e forte.
Falamos sobre os meninos arrabaldinos da Capela de São Vicente, nossa República imaginária. Entre eles, Jânio Rêgo, Marcos Porto (já falecido) e Honório de Medeiros.
Nenhum anticristo, penso. Entretanto há controvérsias sobre esse ponto.
Escola 13 de Junho, Diocesano, filosofia, interventores, governadores. Café Filho, os Rosado, conjuntura atual, Estado Novo; Garibaldi Filho, Henrique Alves. Lula, Dilma.
Clérigos e demônios: padre Mota, Lampião.
De rádio, comunicação cibernética e imprensa no geral, também.
Sátiro, quando adentrei à sua sala, manuseava um CD com entrevista que fizera no início dos anos 70, ouvindo Terto Aires, que fora intendente (cargo equivalente à de prefeito) de Mossoró no início de século.
Com o flagrante, um acerto: quero cópia dessa preciosidade. Mas já sei que o jornalista Emery Costa, bem antes, cerca-o por igual trunfo.
Paramos por aqui. Depois a gente retoma a conversa.
Bom revê-lo!
Inté!
Carlos, certa vez conversando com o Pe. Sátiro, perguntei: “Padre, o senhor tem certeza da existência do céu”? Ele riu e respondeu: “Meu filho, se não existir eu levei uma tabocada da vida”.
NOTA DO BLOG – Sátiro, Sátiro, Sátiro. Coisas de Sátiro, caríssimo François. Abração.
Jóia viva da inteligencia de nossa cidade. Tenho orgulho de já ter levado carão dele no Diocesano….
Caro Carlos;
Saudades do meu velho mestre, padre que pela sua obra social, já tem o céu garantido.
Padre Sátiro é patrimônio de toda Mossoró.
Como o foram Padres Humberto, Américo e Dom gentil Diniz Barreto.
Lhe invejo o teor da conversa!
Que Deus o proteja!
Sátiro é uma presença muito forte em minha vida. Sob todos os aspectos. Tão forte que sempre me emociono quando o encontro. Mesmo quando não estava presente fisicamente, nunca houve como relevá-lo. Ele, a São Vicente, o Colégio Diocesano, a Escola 13 de Junho, a relação com meus pais, com Tia Elza, com minha família, enfim, a Pau dos Ferros comum. Tudo isso é uma vida. Para além desse aspecto emocional, permanece intransigente a admiração por sua capacidade de empreendedor, o devotamento à educação, a entrega mística dos últimos anos, os sermões inigualáveis. No último que escutei, até Kant foi citado. Como não me deleitar? Creio que a forja da Igreja que o formou perdeu-se, em algum canto, quando não mais foi capaz de contribuir para o surgimento daqueles padres humanistas, de presença marcante na sociedade dos homens por sua capacidade de pairar, compreendendo, acima das imensas mazelas do comum dos mortais. Por compreenderem demais, perdoavam com facilidade. Ele há de se lembrar que, aqui, parodio, Spinoza. Longa vida Sátiro. Precisamos muito de você.
Essa negra fulô… Tem coisa mais linda?
incrivel, o tempo nao passa. pe.satiro continua c/seu saber inigualavel e seu sorriso cativante! aproveito o post e procuro saber por onde andara meu antigo prof do cdsl chiquito? meu nome hj eh saudade abçs ;(