A comunidade evangélica de Mossoró outra vez vai à luta eleitoral. Na verdade, já está no embate há tempos, querendo retomar espaços e projeção. Uma luta para ser de novo representativa, influente e vitoriosa.
O segmento religioso há muito tempo tem participado ativamente da polÃtica local, mas também precisa repensar seu papel e dimensionar sua real força, até pelo seu peso numérico. Segundo o último censo nacional em 2010, o segmento tinha 47.964 mil pessoas, contra 183.672 de católicos e apenas 1.618 espÃritas no municÃpio.
Até aqui, é um universo bem menor do que alguns dos seus lÃderes dizem ser e comandam. Se comandam.
Às disputas deste ano, houve aceno de espaço na chapa da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), mas ela mesma já deu sinais de que tudo não passou de força de expressão ou generosidade sua, num primeiro momento. Seu grupo discute outras alternativas a vice.
Há poucos dias, um balão de ensaio canhestro que não durou mais do que algumas poucas horas nas redes sociais, simulava uma nova chapa de pré-candidatos com apoio evangélico, à disputa municipal.
Também não passou disso. Simulação.
No Palácio da Resistência e no Palácio Rodolfo Fernandes, respectivamente Prefeitura e Câmara Municipal, a inserção dos evangélicos tem repetido fracassos.
Também há um rastro de micos e pecados estratégicos.
História recente não ajuda
Em 2012, 42 pastores evangélicos anunciaram apoio à candidatura de Larissa Rosado (PSB)-Josivan Barbosa (PT) à Prefeitura, de Mossoró, garantindo engajamento pessoal na campanha e empenho de familiares, amigos, seguidores. A chapa foi derrotada por Cláudia Regina (DEM)-Wellingon Filho (PMDB).
Em 2013, por exemplo, mobilização de parte dessa comunidade promoveu um “abraço à Prefeitura de Mossoró”. Aboletados com vários cargos na municipalidade, realizaram uma espécie de blindagem espiritual para que a prefeita Cláudia Regina não fosse cassada. Não teve jeito. Foi.
Em 2016, mesmo com tudo apontando para desastre catastrófico nas urnas, emplacaram o advogado evangélico Micael Melo (PTN) como vice do prefeito Francisco José Júnior (PSD), que sequer terminou a campanha. Anunciou desistência por desnutrição eleitoral no dia 19 de setembro (veja AQUI), a poucos dias do pleito.
Ele sequer comunicou previamente sua decisão ao vice e às lideranças religiosas que avalizaram a chapa (veja AQUI).
Em 2020, a comunidade evangélica terá nova chance de povoar a Câmara Municipal e participar de jornada ao Executivo, sob louvor de pastores, aceno divino ou escolhas espontâneas do rebanho.
Veremos.
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Talvez se aproxima mais um fracasso dos LÃderes Religiosos mostrar seus fiascos polÃtico. Uma Igreja que fez da.Anotem: Esses que se auto-denomina lÃderes da Seara polÃtica/religiosa