O Blog Carlos Santos volta a publicar trabalho ímpar para servir aos seus webleitores, que tem se tornado referência em cada campanha eleitoral nos últimos anos. Trata-se de levantamento atualizado de resultado e cenário político das eleições municipais de Mossoró desde 1968.
Ao todo, damos um resumo de 11 eleições municipais – o que compreende quase 50 de história.
É um exaustivo levantamento sobre os pleitos municipais mossoroenses, tarefa que na verdade nunca está completa. Novos dados se incorporam, informações são ajustadas, leitura e releitura de fatos são feitas, bastidores e conjuntura de cada pleito são dissecados.
O esforço é no sentido de continuarmos ofertando produto diferenciado aos nossos webleitores. Ao mesmo tempo, reitero que no uso de dados parcial ou por completo, não esqueça de citar a fonte. É uma questão de ordem legal, mas principalmente respeito ao trabalho árduo que realizamos.
Aproveite!
Eleições de 1968 (Fonte: Vingt-un Rosado, Coleção Mossoroense):
– Antônio Rodrigues (Arena 2/verde) – 11.132 votos;
– Vingt-un Rosado (Arena 1/vermelha) – 11.034 votos;
– Maioria – 98 votos a favor de Antônio Rodrigues.
O pleito municipal de 1968 foi emblemático. Quem viveu essa disputa testemunhou (participou) da mais renhida campanha municipal mossoroense de todos os tempos.
A vitória de “Toinho do Capim” (Antônio Rodrigues) foi comandada nas últimas 72 horas pelo ex-governador Aluízio Alves, que fez mais de 170 comícios-relâmpagos, com resultado tida até então como improvável, sobre Vingt-un Rosado.
O líder enfrentou e contrariou grupo de aliados locais na escolha de Toinho, pois desejavam o médico Cid Duarte, filho do senador Duarte Filho, como candidato a prefeito.
Eleições de 1972 (Colaboração: Bruno Barreto):
– Dix-huit Rosado (Arena) – 16.194;
– Lauro Filho (MDB) – 11.995;
– Brancos – 205;
– Nulos – 296;
– Maioria Pró-Dix-huit Rosado – 4.199 votos.
O eleitorado habilitado ao voto era de 28.690. Dix-huit venceu as eleições tendo o professor Canindé Queiroz como vice, deixando para trás a chapa Lauro Filho-Emery Costa avalizada pelo aluizismo.
Os Rosado, com a vitória, retomavam o poder em Mossoró, após o hiato provocado pela vitória de Antônio Rodrigues de Carvalho em 1968, que suplantou Vingt-un Rosado nas urnas por apenas 98 votos de maioria.
Eleições de 1976 (Colaboração: Bruno Barreto):
– João Newton da Escóssia (Arena 1) – 20.165
– Leodécio Néo (MDB 1) – 10.840
– Assis Amorim (MDB 2) 6.970
– Antônio Rodrigues de Carvalho (Arena 2) – 1.327
– Maioria Pró-João Newton sobre a soma dos emedebistas – 2.355 votos.
Neste ano, o regime militar em curso produziu o casuísmo da “sublegenda”, permitindo que o mesmo partido pudesse ter mais de um candidato. Vivíamos fase do bipartidarismo (Arena e MDB). A ideia era sufocar a “oposição consentida”, feita pelo MDB, que possuía bem menor representatividade em todo o país, com condições raquíticas de lançar mais de um candidato a prefeito.
Em Mossoró, com melhor representatividade oposicionista, o MDB chegou até a apresentar duas candidaturas, mas o cunhado do líder Vingt Rosado (Arena), João Newton da Escóssia, levou a melhor com folga – tendo o empresário Alcides Fernandes, o “Alcides Belo”, como vice.
Eleições de 1982:
– Dix-huit Rosado (PDS) – 21.510 (41,68%);
– João Batista Xavier (PMDB) – 15.466 (29,97%);
– Canindé Queiroz (PDS) – 4.388 (8,50%);
– Mário Fernandes (PT) – 428 (0,83%);
– Paulo R. Oliveira (PTB) – 48 (0,09%);
– Brancos – 8.145 (15,79%);
– Nulos – 1.621 (3,14%);
– Abstenção – 15.435 (23,02%);
– Maioria Pró-Dix-huit – 6.044 (11,71%).
O eleitorado habilitado ao voto era de 67.041, em 275 secções. Compareceram 51.606 (76,98%) eleitores. A abstenção atingiu um recorde com 15.435 (23,02%) votantes.
Neste ano também ocorreram eleições para Governo do Estado, deputado estadual, deputado federal, além de uma vaga ao Senado e Câmara Municipal. Foram as primeiras eleições com a retomada do pluripartidarismo, na reta final do regime militar de 1964. O mandato dos prefeitos/vereadores foi de 6 anos em vez de 4, como temos desde o pleito de 1988.
Com a existência do casuístico instituto da sublegenda, cada partido poderia lançar mais de um candidato a prefeito, foi o que ocorreu em Mossoró. O grupo Rosado, unido, lançou Dix-huit Rosado pelo PDS.
Já o sistema Maia apresentou o jornalista Canindé Queiroz, pelo mesmo partido, para dar suporte à candidatura a governador do engenheiro e ex-prefeito indireto de Natal, José Agripino Maia (PDS). Agripino venceu seu principal adversário, o ex-governador Aluízio Alves (PMDB), com mais de 107 mil votos de maioria no estado.
Eleições de 1988:
– Rosalba Ciarlini (PDT) – 37.307 (49,7%);
– Laíre Rosado (PMDB) – 30.226 (40,2%);
– Chagas Silva (PT) – 2.507 (3,3%);
– Brancos – 3.594 (4.8%);
– Nulos – 1.503 (2%);
– Abstenção – 5.180 (…%);
– Maioria Pró-Rosalba – 7.081 (9,5%).
O eleitorado habilitado ao voto era de 80.397, em 275 secções. Compareceram 75.217 eleitores. As abstenções foram de 5.180 votantes. Pela primeira vez na história, dois integrantes da família Rosado disputam o voto diretamente, na luta pela Prefeitura de Mossoró.
Rosalba, mulher do então deputado estadual Carlos Augusto Rosado (PFL), leva a melhor em chapa ao lado do empresário Luiz Pinto (genro do vice-prefeito à ocasião, empresário Sílvio Mendes).
O prefeito Dix-huit Rosado, só no mês final de campanha anuncia seu apoio à Rosalba, num momento em que ela já tinha dianteira em relação a Laíre Rosado (PMDB) e de sua vice Rose Cantídio (PMDB).
Eleições de 1992:
– Dix-huit Rosado (PDT) – 37.188 (47,79%);
– Luiz Pinto (PFL) – 32.795 (42,15%);
– Luiz Carlos Martins (PT)– 6.557 (8,43%);
– Paulo Linhares (PSB) – 1.273 (1,64%);
– Brancos – 5.669 (6,49%);
– Nulos – 3.913 (4,48%);
– Abstenção – 11.381 (…%);
– Maioria pró-Dix-huit Rosado – 4.393 (5,64%)
O eleitorado cadastrado à época era de 99.623. Compareceram 87.395, as abstenções chegaram a 11.381 e os votos nominais atingiram 77.813.
Tendo Sandra Rosado (PMDB) como vice, sua sobrinha e filha do irmão Vingt Rosado (deputado federal), Dix-huit retoma hegemonia política. Em 1988 os dois irmãos tinham rompido politicamente, devido o apoio de Dix-huit à Rosalba.
Eleições de 1996:
– Rosalba Ciarlini (PFL) – 57.407 (52,64%);
– Sandra Rosado (PMDB) – 26.118 (28,50%);
– Jorge de Castro (PT) – 4.878 (5,32%);
– Valtércio Silveira (PMN) – 3.237 (3,53%);
– Brancos – 1.549 (1,69%);
– Nulos – 3.802 (…);
– Abstenção – 17.227 (15.08%)
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 31.289 (24,14%).
Existiam 114.218 eleitores aptos, mas compareceram 96.991. As abstenções atingiram 17.227 (15.08%), com 91.640 sendo a votação nominal.
Rosalba tem vitória acachapante, graças principalmente ao desgaste do prefeito Dix-huit Rosado, que lançou o engenheiro e seu ex-secretário de Obras Valtércio Silveira como candidato governista. Sandra Rosado, dissidente do prefeito e tio, enveredou por candidatura próprio com a companhia do deputado estadual Francisco José (pai), mas experimentou resultado humilhante também.
Eleições de 2000:
– Rosalba Ciarlini (PFL)– 57.369 (54,86%);
– Fafá Rosado (PMDB) – 42.530 (40,67%);
– Socorro Batista (PT) – 4.447 (4,25%);
– Mário Rosado (PMN) – 228 (0,22%);
– Brancos – 1.757 (1,59%);
– Nulos – 4.395 (3,97%);
– Abstenção – 17.168 (13.42%)
– Maioria pró-Rosalba Ciarlini de 14.839 (14,19%).
Existiam 127.894 eleitores aptos, mas compareceram 110.726. As abstenções atingiram 17.168 (13.42%), com 104.574 (94.44%) sendo a votação nominal em 358 urnas.
Rosalba foi candidata utilizando o novo instituto da reeleição. Enfrentou o grupo da adversária e prima Sandra Rosado, que temendo novo fracasso direto apostou no nome da enfermeira (e prima) Fafá Rosado, que nunca disputara uma campanha eleitoral.
Num comparativo com as eleições de 1996, esses números guardam uma preciosidade. Rosalba obteve menos votos do que na eleição anterior.
Enquanto em 96 tinham sido 57.407 em eleitorado de 114.218 aptos, em 2000 – contra Fafá, conseguiu 57.369 num contingente de 127.894 aptos. Ou seja, 38 votos a menos, apesar de aumento de 13.676 votantes.
Eleições de 2004:
– Fafá Rosado (PFL) – 57.743 (49,06%);
– Larissa Rosado (PMDB) – 34.688 (29,45%);
– Francisco José (PSB) – 21.210 (18,02%);
– Crispiniano Neto (PT) – 4.083 (3,47%);
– Brancos – 2.063 (…);
– Nulos – 5.708 (…);
– Abstenção – 17.376 (12%);
– Maioria pró-Fafá Rosado de 23.075 (19,61%).
Existiam 143.235 eleitores aptos, mas compareceram 125.475. As abstenções atingiram 17.376 (12%).
Nesta eleição, Fafá foi cooptada pelo primo Carlos Augusto para ser candidato do seu grupo, na sucessão de Rosalba. Venceu com relativa facilidade à deputada Larissa Rosado, filha de Sandra.
Eleições de 2008:
– Fafá Rosado (PFL) – 65.329 (53,01%);
– Larissa Rosado (PSB) – 46.149 (37,44%);
– Renato Fernandes (PR) – 11.306 (9,17%);
– Heronildes Bezerra, “Heró” (PRTB) – 464 (0,38%);
– Brancos – 3.678 (2%);
– Nulos – 7.400 (5%);
– Abstenção – 18.701 (12%)
– Maioria pró-Fafá Rosado de 19.018 (16%).
Existiam 153.027 eleitores aptos, mas compareceram 134.326. Desse volume, 123.248 foram considerados válidos. As abstenções atingiram 18.701 (12%). Existiam 416 seções eleitorais.
Outra vez a força do rosalbismo e estrutura da Prefeitura deixaram a filha de Sandra Rosado, a deputada estadual Larissa Rosado, em segundo lugar.
Eleições de 2012:
– Cláudia Regina (DEM) – 68.604 (50,90%);
– Larissa Rosado (PSB) – 63.309 (46,97%);
– Josué Moreira – 1.932 (1,43%);
– Raimundo Nonato Sobrinho, “Cinquentinha” (Psol) – 948 (0,70%);
– Edinaldo Calixto (PRTB) – 0 (0%);
– Brancos – 2.323 (1,61%);
– Nulos – 6.737 (4,68%);
– Abstenção – 21.122 (12,80%);
– Maioria pró-Cláudia Regina de 5.295 (3,93%).
Existiam 164.975 eleitores aptos. Desse volume, 134.793 (93,70%) foram considerados válidos a prefeito, 137.463 votos válidos à Câmara Municipal, entre votos diretos aos candidatos (283 ao todo) e os votos de legenda. O comparecimento ocupou 460 secções organizadas pela Justiça Eleitoral.
As abstenções atingiram 21.122 (12,80%).
A chapa Cláudia Regina-vice Wellington Filho (PMDB), apesar de eleita por pouca margem de votos em relação à Larissa Rosado (PSB)-vice Josivan Barbosa (PT), terminou sendo cassada em 4 de dezembro de 2013, quando faltava poucas semanas para completar o primeiro ano de gestão. Vereadora, recebera maciço apoio das estruturas da Prefeitura e do Governo do Estado, ocupados respectivamente pelas aliadas Fafá Rosado (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM).
Eleições de 2014 (Pleito Suplementar):
– Francisco José Júnior (PSD) – 68.915 (53,31%);
– Larissa Rosado (PSB) – 37.053 (27,55%);
– Raimundo Nonato Sobrinho, “Cinquentinha” (Psol) – 3.825 (4,90%);
– Josué Moreira (PSDC) – 3.025 (3,88%);
– Gutemberg Dias (PCdoB) – 2.265 (2,90%);
– Brancos – 4.428 (3,29%);
– Nulos – 15.000 (11,15%)
– Abstenção – 30.429 (18,45%);
– Maioria pró-Francisco José Júnior de 31.862 (25,76%).
A apuração apontou ao final o total de 134.511 (81,55%) votos válidos, no dia 4 de maio de 2014. Mossoró tinha 164.940 eleitores aptos ao voto.
Houve alto percentual de abstenção, com 30.429 (18,45%) votos. Foi a primeira eleição suplementar da história de Mossoró, em face da cassação e afastamento da prefeita eleita em 2012, Cláudia Regina (DEM), no dia 4 de dezembro de 2013. Ela ainda tentou concorrer no pleito suplementar, mas não obteve registro e seu partido não promoveu substituição.
A Justiça Eleitoral tinha colocou em funcionamento 514 urnas eletrônicas distribuídas pelos 72 locais de votação durante o pleito. Pela primeira vez, também, foi utilizado o sistema biométrico de identificação do eleitor. Foram juízes no pleito os magistrados Ana Clarisse Arruda (34ª Zona) e José Herval Sampaio Júnior (33ª Zona).
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Um excelente trabalho. Parabéns.
Após a leitura, observei que, nesses quase 50 anos de eleições, todos os candidatos a prefeito pelo PT, juntos, somaram apenas 18.022 votos. Quem quiser pode chamar isso de fracasso. Eu chamo de desastre.
E ainda insistem em bater na mesma tecla, mesmo sabendo que o povo não comunga as ideias comunistas que o partido teima em enfiar goela abaixo do eleitor.
VADE RETRO!!!
LARISSA TANTO APANHOU COM DERAM NELA…NEM LULA APANHOU TANTO…UMA PENA..MINHA CANDIDATA SEMPRE…
Muito bom! Parabéns.
Com exceção do embate de 1968, acompanhei como eleitor, de todos os outros.
Para mim, foi prazeroso rever todos esses fatos, pois fiz parte dessa historia.
Seria de bom alvitre, a leitura por parte dos mais jovens.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ótimo trabalho. Fica evidente que o eleitor mossoroense se posiciona de acordo com o momento que estão vivendo.
Se posiciona sempre ao lado dos Rosados. De preferencia de quatro.
Muito bem, Jornalista Carlos Santos. Só uma ressalva. Rosalba ainda não estava eleita até Dix-huit Rosado, Serra Grande, escolher o seu nome, perto de um exemplar de Umberto Eco. Moro longe, as informações na época eram muito menores , mas, dessa vez, estava lá. Eu vi, assisti, sou minha testemunha. Quando ele disse: “escolho o nome da Rosa”, ou similar, o chão tremeu. Os jornalistas correram para seus postos. Rosalba estava eleita. Serra Grande era o trovão. Na verdade, como dizia Chacrinha, “o programa só acaba quando termina”. Então, mesmo a pesquisa mais saudável pode falhar.
No Direito temos uma fumaça que nos orienta. Nas pesquisas, entrevistas, volume de pessoas nas passeatas, etc. Aqui, vejo uma fumaça bem em cima do livro de Umberto Eco.
A história se repete.
NOTA DO BLOG – Naide, boa noite.
Os bastidores que você não conhece, relato sinteticamente aqui. Uma pesquisa encomendada por Carlos Augusto já apontava vantagem de Rosalba à época. Canindé Queiroz, a contragosto de Carlos, adiantou números a Dix-huit, trabalhando para que ele anunciasse o apoio, fechando então qualquer possibilidade de reação dos adversários.
Posso atestar o que escrevi acima, querida. Menina, eu vi.
Abração
Pouca gente esteve tão próximo disso quanto eu. Ainda hoje tenho os números daquela época e das que vieram depois. Beleza de trabalho Carlos.
NOTA DO BLOG – Obrigado, Wandenberg. Depois vamos nos encontrar para debulhar mais números e história.
Abração
Correto. Vantagem não é Vitória. Boa ideia a de Canindé Queiroz. Fechou qualquer possibilidade de reação dos adversários. Jornalista Carlos Santos, embora você possa, pela idade, ser meu filho, vantagem não é Vitória , é esperança. Não obstante, sempre aprenderei com você, por sua experiência e maneira respeitosa de falar comigo. Menino, eu também vi. Todavia, lhe digo. Aquele Teatro deixou Serra Grande vivo. Sei do trabalho incansável de Fafá e Gustavo. Agradeço até os meus últimos dias. Mas houve algo importante naquele dia. Cheguei mais cedo, seguindo a pontualidade exagerada de Serra Grande. Só havia uma pessoa na pracinha, atendendo a um necessitado. Curiosa e meio escondida, assisti aquela cena linda, emocionada. Tive a curiosidade em saber quem era aquela pessoa tão bondosa que ajudara a levantar o pobre homem e provi denciar um carro para levá -lo ao hospital. O homem que socorria era Carlos Augusto e, penso que foi a primeira vez em que falei com ele…embora, meio sem fala pelo que presenciara e ficará para sempre em minha lembrança. Ele não me vira. Nem sei se nos apresentamos. Achei-o meio careca para a idade. Risos.
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No pleito de 1976, o MDB teve dois ou três candidatos a prefeito?
Luiz Sobrinho não participou deste pleito não, como o terceiro candidato à Prefeitura pelo MDB?
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UM RESPEITADO TRABALHO! PARABÉNS, CARLOS SANTOS!