O Estado de Minas, The Intercept e Metrópole
O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, delatou à Polícia Federal (PF) Domingos Brazão, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ), como um dos mandantes do assassinato da política. A informação foi revelada ao Intercept Brasil por fontes ligadas à investigação.
Marielle e Anderson foram assassinados a tiros em uma emboscada, no Rio de Janeiro, em março de 2018. O advogado de Domingos Brazão, Márcio Palma, foi procurado pela reportagem, mas afirmou que não ficou sabendo da delação. Ele também afirmou que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa, pois pediu acesso aos autos e foi negado, sob a justificativa de que Brazão não era investigado. Em entrevistas passadas, Brazão sempre negou qualquer participação no crime.
O The Intercept Brasil aponta a suposta motivação para o crime: “A principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle é vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo PSol, hoje no PT, e atual presidente da Embratur”.
Domingos Brazão foi citado, em 2008, no relatório final da CPI das Milícias, presidida por Freixo, como um dos políticos liberados para fazer campanha em Rio das Pedras-RJ.
“Não mandei matar Marielle”, garante, em entrevista ao Metrópoles, o acusado. Veja vídeo abaixo:
Perfil
Domingos Inácio Brazão, 58, é um empresário do ramo dos postos de gasolina e político brasileiro. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi deputado estadual no Rio de Janeiro e atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
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O fato de voce ter um dono de postos como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RJ jà mostra como a politica no Brasil é suja. O que teria tal sujeito a aconselhar ao TCE que algum economista acostumado a fazer algo mais que folha de pagamento nao teria? E o pior é que isso nao é exclusividade do RJ e muita gente vai achar normal!