Por Dinarte Assunção
A corrida pela sucessão estadual nunca esteve tão ligada ao segundo maior município do Rio Grande do Norte. Mossoró e as cidades de sua órbita deverão influenciar de maneira decisiva os resultados de 5 de outubro. Não por acaso, as campanhas dedicaram atenção especial ao colégio eleitoral do município, e o sucesso da empreitada está diretamente associado à menor quantidade de erros.
O quadro é tão confuso que coloca sob xeque até as pesquisas especialmente encomendadas para a cidade. Em Mossoró, as lideranças atendem à lógica do “tudo junto e misturado”, mas sem se misturar de verdade. “Mossoró é uma ciência”, resumiu uma fonte consultada pela reportagem.
Os quase 165 mil eleitores vinham habituados a participar das campanhas marcadas pela polarização, o que não acontece neste ano. Rivais históricos, os grupos da deputada Sandra Rosado (PSB) e Fafá Rosado (PMDB), por exemplo, estão no mesmo palanque da campanha de governador de Henrique Eduardo Alves (PMDB).
A elas se soma Cláudia Regina (DEM), a prefeita cassada que ainda tem uma militância fiel. As três mais se atritam do que se misturam, deixando quem as corteja à conclusão de que quem tem três palanques não tem nenhum.
Como não dá para colocar algodão para evitar atrito entre esses cristais, o cisma traz a público as contradições dos bastidores, e recorrentemente se tem notícia da ameça de ruptura de um ou outro grupo. A mais recente foi nesta semana, quando Cláudia Regina se irritou por ver seu processo no Tribunal Superior Eleitora (TSE), através do qual tenta voltar à prefeitura da cidade, continuar parado.
As dificuldades não são só políticas. Nos intramuros, os candidatos sentem os efeitos da falta de recursos. É que pela primeira vez após sucessivas eleições, o braço econômico das campanhas foi amputado. Com R$ 212 milhões indisponíveis, o empresário Edvaldo Fagundes sumiu das listas de doações eleitorais.
A esse quadro de convulsão se soma o fenômeno conhecido por Francisco Silveira Júnior (PSD). O prefeito da cidade tentou ganhar espaço e projetar-se além de sua passagem pela Câmara Municipal. Apresentou à cidade a candidatura do pai, Francisco Silveira, para a Assembleia Legislativa. Tendo esbarrado na legislação eleitoral, o plano fracassou, e Júnior manifestou apoio a um forasteiro – Galeno – a quem teria oferecido a promessa de oito mil votos.
Mas bairrista como é, o eleitor de Mossoró deverá rejeitar esse projeto. “Pessoas da cozinha do prefeito já me disseram que não votam em Galeno de jeito nenhum”, revelou à reportagem uma das fontes consultadas. Em Mossoró, até a disputa proporcional é tratada como majoritária.
Rosalba
As idiossincrasias mossoroenses não param por aí. A maior eleitora da cidade está fora da disputa pela primeira vez. Alijada de seu projeto de reeleição, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) assumiu de público neutralidade, mas não deixou a militância à deriva, orientada a se recordar que o mal que mais dói é o mais recente.
Por essa lógica, os anos de pregação do vice-governador Robinson Faria (PSD) contra Rosalba foram preteridos em favor de um movimento contra Wilma de Faria (PSB) e Henrique Eduardo Alves.
É fertilizando o terreno com essas sensações que o grupo da governadora se permitiu se reaproximar de Robinson. O mais recente gesto do tipo foi a desfiliação de Carlos Augusto Rosado, esposo da governadora, do DEM, presidido pelo senador José Agripino, a quem é atribuída a manobra que impediu Rosalba de disputar a reeleição.
Antes de tomarem qualquer decisão política, o casal que governa o Estado costuma lançar o deputado Betinho Rosado (PP) como balão de ensaio. Assim, ele foi enviado à convenção de Robinson Faria, em junho, junto com a irmã, Isaura Rosado, uma das financistas da família.
Agora, os planos passam por abrigar todo o grupo no PP, partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff, em quem Rosalba deverá votar. A chefe do Executivo estadual pode até estar de fora da disputa, mas nunca deixou de considerar seu futuro político, que são dois: disputar a Prefeitura de Mossoró em 2016 ou consolidar a reaproximação com Dilma, através de Ideli Salvatti, e participar de um eventual segundo governo da petista. Há ainda uma terceira opção: os dois planos juntos. Afina, é preciso tem em mente que se fala de Mossoró, onde tudo é possível.
Amigo Carlos, por favor me tire uma dúvida. Quantos eleitores em Mossoró estão aptos para votar em 05.10.2014?
amigo Carlos, esse ano, os políticos estão atrás de emprego, os empregadores somos nós eleitores´, devemos observar quem é menos corrupto. pois temos corrupção na Petrobrás, Denit e secretaria de saúde no mandato anterior. não devemos entregar o nosso estado a essas pessoas, pois não saberemos o destino do nosso dinheiro.
ISSO NÃO TEM NADA DE CIENCIA…….. TEM MUITO É ESCULHAMBAÇÃO E FALTA DE VERGONHA!
Quem não está GOSTANDO muito é o POVO. HITLER achava que uma MENTIRA REPETIDA MIL VEZES se transformaria numa VERDADE. Mas, na realidade NÃO HÁ MENTIRA que um dia não venha ser DESMASCARADA. Pode-se ENGANAR um POVO por algum TEMPO. Mas, não ETERNAMENTE.