Por Othoniel Menezes
Com a rosa à mão direita, a esquerda ao peito,
Dorme lembrando os séculos sofridos.
Drama dos sete maternais sentidos
Senhora dona a padecer no eito.
Sofrer foi sempre o seu amor perfeito
Passos perdidos, ideais perdidos
Nossa Senhora dos desiludidos
Dos humilhados órfãos contrafeitos.
Seus sonhos andam todos pelos túmulos.
Olhou o céu em vão. Negrumes. Cumulus.
Ganhando flor logo essa flor morria.
No sorriso envolvendo meu destino
Toda a vida a seus olhos fui menino.
Bastou nascer como nasceu – Maria.
Othoniel Menezes, poeta potiguar
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