O Estado de São Paulo
O Poder Judiciário está incomodado. Foi a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de mexer na “caixa preta” dos tribunais, ao inspecionar as folhas de pagamento e declarações de bens de juízes, em especial os de São Paulo, que mexeu com os ânimos de magistrados e suas entidades representativas.
A forte reação dos investigados leva o advogado e professor de Direito Constitucional Luiz Tarcísio Ferreira, da PUC-SP, a perguntar: “Se há uma rigorosa vigilância da sociedade sobre o Executivo e o Legislativo, por que o Judiciário ficaria fora disso? Se esse Poder nada deve, o que estaria temendo?”
Ferreira arremata: “Os juízes sabem que quem paga os seus salários é o povo.”
Nota do Blog – Os bons judicantes devem estar muito tranquilos e ansiosos para que esse pente-fino seja realizado. Não há o que temer.
O Judiciário tende a sair mais fortalecido, granjeando maior confiança em meio à sociedade, que precisa de sua limpidez à garantia do Estado Democrático de Direito.
Carlos Santos,
Você disse: Os bons judicantes devem estar muitos tranquilos. É isso que minha pessoa estava pensando antes de ler essa matéria. Por que temer? Se há algum errado que seja corrido e principalmente punidos alguns magistrados desonestos. A drª Calmon está no rumo certo. É fácil. Alguém encomende uma pesquisa de opinião pública para ver o resultado dessa maracutaia se estão a favor ou contra a esses desmandos. Sempre assisto o Programa Conheça seus direitos na TV Mossoró comandado por um excelente Juiz de Direito Chamado Dr. Herval Sampaio e ele sempre relata que todos devemos seguir para o caminho do bem. Agora, muitos magistrados acham que tem poderes infinitos e isso não é verdade.
É o que eu penso.
A criação do CNJ-Conselho Nacional de Justiça, foi a maior vitória do Estado Democrático de Direito Brasileiro dos últimos tempos, esvaziar seus poderes constitui-se em um erro sem precedentes para o bom desenvolvimento da justiça no Brasil. Os órgãos de controle são salutares para o aprimoramento da prestação de serviços por parte do controlado, e isso não é diferente em relação ao Poder Judiciário. O CNJ já possui várias vitórias em sua trajetória como por exemplo a implementação de metas de julgamentos de processos ao Poder Judiciário, que “desemperrou” milhares de processos em todo o País. Espero que a OAB possa intervir neste impasse em favor do Brasil.