Do Blog do Herbert Mota
A Fundação Vingt-un Rosado e a “Coleção Mossoroense” estão encerrando suas atividades; não existe um ou alguns responsáveis porque isso é, a meu ver, a consumação de uma vergonha para todos nós mossoroenses!
Aliás, A questão não é apenas de cunho financeiro, não!
Eu diria, e digo, que é muito mais moral!
Deixando de lado essa dualidade, não custa registrar, por relevante, que de um convênio firmado entre a instituição e a Prefeitura de Mossoró, pasmem, num montante mensal de míseros R$ 19.000,00 (dezenove mil reais), reduzido que fora desde maio pretérito para R$ 10.000,00 (dez mil reais), foram repassados apenas os meses de maio e junho.
A Coleção Mossoroense conta com mais de 4.500 títulos publicados, o que se constitui num record que deveria ser motivo de orgulho e preservação. Eu diria mais: todo e qualquer trabalho que se queira realizar sobre o tema Seca ou Semi-Árido brasileiro, a Coleção Mossoroense é principal fonte de pesquisa.
Infelizmente a editora está se desfazendo de todo o acervo e a maior parte será doada para o Departamento de História da UERN, enquanto nós ficamos, meio que de soslaio, observando a consumação desse ‘delito’ (omissivo e comissivo) cometido contra a cultura de Mossoró e do Rio Grande do Norte.
Que pena! enquanto isso milhões são canalizados paras as festas populares! e ainda intitulam a Cidade como “capital da cultura”!! Lógica as avessas.
Estamos fazendo o máximo para não cerrar as portas. Parte do acervo vai completar o que a Bblioteca Pública Ney Pontes Duarte ainda não tem. Parte será conservada pela Fundação Vingt-un Rosado e grande quantidade de livros será doada ao Curso de história da UERN que tem abnegados professores, alunos e diretores sensíveis às coisas da cultura. Muitos são de origem de outras cidades ou estados, adotaram Mossoró como lugar de morada, trabalho e/ou estudo. Solicitei uma nova audiência com a Prefeita de Mossoró para vermos saídas para a Fundação Vingt-un Rosado. Muito do meu pequeno patrimônio, amealhado em mais de 30 anos de árduo trabalho, foi ultimamente ali investido. Não tenho mais como continuar aplicando desta maneira. Estamos procurando um imóvel com aluguel mais baixo, mas que não tenha mofo, infiltrações, insegurança demais, pois isto é um paraíso ao contrário para quem conserva livros. Imaginem esta realidade: a Biblioteca Pública de Mossoró, a Ney Pontes Duarte, possui 60 mil exemplares. A Fundação Vingt-un Rosado, mais de 150 mil!
Agradeço todas as manifestações de solidariedade, é hora de agir!
Peço escrever História no texto mandado, com “H” maiúsculo.