O atual presidente da Assembléia Legislativa, deputado Robinson Faria, está prestando um grande serviço ao nosso povo, ao direcionar a instituição para ações na área da cultura, através de programas como “Assembléia Cultural” e, por último, da criação de um selo editorial que pretende divulgar o nosso autor, inserindo-o num contexto mais amplo, não apenas publicando, mas, distribuindo suas obras em escala nacional.
Nada mais auspicioso para a vida cultural do Rio Grande do Norte, após tantos anos de marasmo e desinteresse das instituições em relação aos autores locais, sempre anônimos e desprestigiados, se cotejados com autores do mesmo gabarito em atividade em outros estados, como o Ceará e a Paraíba, para ficarmos em dois exemplos, geograficamente, próximos.
Porém, creio que essa idéia só prosperará se vier acompanhada de critérios transparentes, criados e manejados por gestores autônomos vacinados contra o compadrio que tem orientado a ação de outras instituições nessa mesma área. É preciso apoiar o talento e aquelas obras aptas a se distinguirem intrinsecamente pela qualidade e não porque foram escritas por esse ou aquele autor que, embora sem mérito, tem relações de amizade com os poderosos de plantão.
Seria oportuna a criação de um comitê de leitores constituído por especialistas isentos talvez oriundos da Universidade e da própria militância cultural da cidade. Nada de apadrinhados nem de apaniguados, mas de intelectuais sérios e capazes de compreender o fenômeno literário e de lutar pela qualidade que há de estar presente em tudo.
O deputado Robinson Faria tem uma grande responsabilidade nesse processo de transformação do Rio Grande do Norte em pólo cultural. Espera-se dele que seja capaz de introduzir o elemento de cosmopolitismo e contemporaneidade que tem faltado às ações nesse âmbito. Cultura não é somente artesanato e folguedos folclóricos para turista ver. É sobretudo conhecimento e diversidade, não essa coisa vulgar e rotineira que satisfaz apenas ao despreparo e ao comodismo da maioria dos nossos gestores que se escudam nessa balela de uma cultura demagógica e populista que, implementada por Djalma Maranhão, continua ativa e dando camisas àqueles que já têm o guarda-roupa abarrotado de ouropéis.
Que o Selo Oswaldo Lamartine, em boa hora criado por Robinson Faria, dê guarida a quem tem valor e pode contribuir para que tenhamos uma produção literária competitiva e de qualidade. Somente assim o Rio Grande do Norte poderá fazer parte de um contexto nacional com proveito para quem faz e para quem desfruta do que a cultura pode oferecer em produtos literários dignos do reconhecimento de todos. Afinal, entre vivos e mortos, temos autores de mérito que jazem no anonimato.
Franklin Jorge, jornalista e escritor (franklinjorge@yahoo.com.br)
Ao Amigo Carlos Santos
Gostaria de lhe informar que no encontro realizado sábado, dia 08.09, em Limoeiro do Norte, no Estado do Ceará, encontro esse surgido através do FORUM de entidades de Apodi, tivemos uma boa notícia: O Governador CID GOMES garantiu a construção de 20 Km de estrada pavimentada, trecho que compreende o restante da TRANSCHAPADAO, parte localizada naquele Estado. Quanto aos outros 20 Km – parte do nosso Estado, o mesmo ficou de entrar em contacto com a Gov Wilma de Faria. A notícia foi confirmada pelo O prefeito de Limoeiro do Norte, João Dilmar, que é o presidente da APRECE- Associação de Prefeitos do Ceará.