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domingo - 16/10/2016 - 12:46h

De algo sórdido

Por Honório de Medeiros

Ao longo dos séculos o avanço do processo civilizatório se caracteriza, dentre outras conquistas, por rechaçarmos a sordidez. Falo em reagirmos, por exemplo, ao preconceito, algo sórdido em si mesmo.

Claro que não todos.

Mas o processo é assim mesmo, um vir-a-ser pleno de obstáculos. Para não deixar dúvida: os dicionários dizem que sordidez é grande sujeira, imundície. E, por metáfora, ambiente de degeneração moral.

Não tenho muita esperança em sermos, individualmente, lúcidos quanto a perceber e denunciar a sordidez, em todos seus matizes, tão logo a identifiquemos.

Às vezes estamos de tal formas submersos na lama que somos incapazes de nos dar conta daquilo que acontece ao nosso lado. Somos ou estamos alienados, por assim dizer.

Ou, por outra, sabemos que algo está acontecendo, pensamos que é sórdido, mas nos dizemos que não é conosco, é algo muito distante, passageiro, há outras questões mais importantes com as quais se preocupar, e assim por diante…

Então, é tarde demais.

Por exemplo: que tipo de “música” nossos adolescentes estão escutando, dançando, cantando? Prepare-se, você terá uma surpresa. Um grande sucesso entre eles é de autoria da Mc Carol.

Esse “Mc” que antecede o nome da funkeira carioca, sim, nós estamos falando de funk, significa “mestre de cerimônia”, e é como se fosse um título nobiliárquico.

Pois bem, e continuando: um dos grandes sucessos do funk nacional, é da autoria de Mc Carol. Título: “Liga pra SAMU”.

O estribilho da “música” é o seguinte: “Liga pra SAMU / Liga pra SAMU / Ela quis transar com três / Deu hemorragia no c..”

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Fala para um jovem que esse tipo de musica é lixo. Fala?

    Essa, Senhores, é a geração que dará um rumo ao país no futuro. São essas mentes e gênios ”brilhantes” que farão do país uma ”super potencia”.

    O que eu gostaria de saber, é… ”super potencia” em quê???

    Esse forró moderno não fica devendo nada. É outro grande e fedorento lixo.

    Ops! Nada contra aos que têm paladar para apreciar o prato.

  2. lair solano vale diz:

    Sou otimista. Se os nossos filhos tiverem uma orientação adequada e bons exemplos, não tem Mc, nem religioso de caráter duvidoso ou profissionais desonestos que o façam perder o bom caminho.

  3. Marcos Pinto. diz:

    Nesse caso ridículo, sou a favor da censura. Esses excrementos musicais expelidos por mentes psicopatas deveriam ser todos censurados totalmente. Vão procurar uma lavagem de roupas !.

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