Calma!
Ninguém se apresse em preconizar um racha político entre a governadora Wilma de Faria (PSB) e o PT. Não é conveniente para nenhum dos litigantes. Pelo menos agora.
As escaramuças de parte a parte fazem parte da liturgia natural no ecossistema do poder. Cada um marca posição, rosnando e ciscando para levantar poeira e chamar a atenção.
Sinalizam para suas respectivas tribos que estão vivos, são líderes e sabem agir. Não passa disso. Adiante, sim, teremos um casa ou separa inevitável, também por conveniência.
No episódio da greve dos professores ocorreram excessos de lado a lado e desgastes distintos. Wilma não foi uma líder conciliadora e a deputada Fátima Bezerra (PT), por exemplo, não percebeu onde estava a divisória entre parlamentar governista e a sindicalista.
Como o urso que rasga o caule das grandes árvores, avisando que aquele território é seu, Wilma e o PT já demarcaram espaços. Agora é saber quem se arrisca a ultrapassar as fronteiras.
Há tempo para tudo. Por enquanto, ficamos nessa guerra fria. Como trovejava com sua voz cortante o saudoso empresário Diran Amaral: "Sem açodamento, sem açodamento!"
Carlos não vejo assim,Vilma endureceu na greve e Fátima tomou posição favorável aos professores,não é excesso e sim solidariedade.